Metrô de Santiago recebe mais de US$ 400 mi no orçamento para 2024

A aprovação pelo congresso chileno do orçamento para 2024 incluiu a reposição de fundos de última hora para a operadora do metrô de Santiago, deixando a empresa com uma atribuição de 379 bilhões de pesos (US$ 436 mi).

Os fundos, juntamente com os de outras empresas estatais, foram inicialmente rejeitados pelo Senado, mas acabaram recolocados no projeto de lei orçamentária na noite de terça-feira (28), pouco antes do prazo final, por um comitê legislativo misto.

O ministro da Fazenda, Mario Marcel, alertou durante o debate que a rejeição teria paralisado os projetos do Metro de Santiago e da Empresa Ferroviária Estatal (EFE).

Ele também afirmou que a rejeição inicial foi resultado da oposição aos fundos para a mineradora estatal de cobre Codelco, embora tenha argumentado que o projeto de lei não incluía recursos do tesouro para a empresa.

Os fundos para a operadora do metrô estão divididos em 46,6 bilhões de pesos provenientes de transferências correntes do tesouro e 332 bilhões de pesos em aquisições de ativos financeiros.

Os 46,6 bilhões de pesos provenientes de transferências correntes cobrirão operações de manutenção que o metro não consegue cobrir com o seu fluxo de caixa regular, que inclui contratos envolvendo infraestrutura e material circulante.

Entretanto, os 332 bilhões de pesos para aquisições de ativos financeiros incluem quase 48 bilhões para pagamentos de dívidas e projetos de expansão em curso, bem como os estudos de viabilidade para as novas linhas 8 e 9, além da expansão da linha 6.

A Metro concluiu no início desta semana a extensão da linha 2, que envolve US$ 409 milhões, e em setembro a extensão da linha 3, no valor de US$ 380 milhões.

A operadora está atualmente construindo a linha 7, de US$ 2,5 bilhões, e apresentou o estudo de impacto ambiental para a linha 9, de US$ 1,95 bilhão, no início deste mês.

O projeto de lei orçamentária irá agora para o presidente Gabriel Boric para sanção. Implica em US$ 92,4 bilhões em despesas públicas totais, um aumento de 3,5% em relação a 2023, incluindo uma expansão no investimento do Ministério de Obras Públicas.