Nova contingência pode impulsionar projetos de fornecimento de gás encanado no Peru

O Ministério de Minas e Energia do Peru declarou emergência no fornecimento de gás natural para as concessões de distribuição norte e sudoeste até 20 de março.

A decisão foi tomada depois que a Gases del Pacífico (Quavii) e a Petroperú, que operam as concessões norte e sudoeste, respectivamente, solicitaram ao departamento de hidrocarbonetos (DGH) do ministério que declarasse a contingência.

As empresas apontaram interrupções na área de carregamento de caminhões-tanque operados pela Shell GNL Perú na Peru LNG e manutenção por parte da TGP, operadora do sistema de transporte de gás natural do país.

Antes da apresentação dos pedidos das concessionárias, a Shell havia informado o departamento a respeito das interrupções.

Durante a emergência, Gases del Pacífico e Petroperú poderão suspender o envio a usuários industriais para garantir a entrega a clientes residenciais e comerciais, informou o ministério em uma resolução.

Os clientes residenciais e comerciais das duas concessões chegam a 250.000.

O Peru enfrentou diversas contingências do tipo no ano passado por conta de atividades de manutenção em usinas de gás e protestos.

O último impasse traz à tona os desafios de custos, eficiência, confiabilidade e segurança relacionados ao transporte de GNL em caminhões por longas distâncias e dá ainda mais importância às propostas para o fornecimento de gás encanado.

Um desses projetos é um gasoduto costeiro que percorreria 500-600 km ao sul de Ica e custaria cerca de US$ 1,4 bilhão. Segundo os proponentes, seria uma alternativa de curto prazo ao sistema integrado de transporte de gás da zona sul (Sitgas), de US$ 4,5 bilhões.

No caso da Gases del Pacífico, a companhia discute maneiras de explorar a produção de gás no norte do país.

Fonte: Osinergmin