
Open RAN ‘já é uma realidade’ na América Latina – empresa americana Mavenir

O grupo de software de telecomunicações dos EUA Mavenir, um dos principais nomes por trás da tendência emergente de open RAN (open radio access network), rejeita as alegações de que a arquitetura de rede ainda precisa amadurecer e se consolidar.
“Eu diria que a open RAN já é uma realidade, já está acontecendo. Temos várias iniciativas de open RAN em execução em todo o mundo e na América Latina”, disse Antonio Carlos Tostes (foto), chefe de pré-vendas da Mavenir para a América Latina e sul da Europa, à BNamericas.
Criada em 2017, a empresa tenta entrar em um mercado concentrado em apenas algumas operadoras tradicionais de telecomunicações.
Tostes não dá detalhes de seus projetos regionais, citando questões de confidencialidade. “Já temos uma base de clientes relativamente grande”, disse ele, sem divulgar números específicos.
Ele disse que a Mavenir trabalha com os principais players de nível 1 da América Latina. Disse também que vê “muito interesse” de participantes do mercado, como alguns dos vencedores do leilão 5G no Brasil.
“Focamos muito na América Latina e principalmente no Brasil. O foco é crescer significativamente no país em 2022. Nossa estratégia é aumentar os investimentos e contratar mais funcionários no Brasil [e na região andina."
A Mavenir anunciou recentemente a disponibilidade comercial de sua Intelligent IoT Platform (IIoTP). A solução aplica inteligência artificial (IA) a dados coletados de sensores de IoT.
A empresa diz que a plataforma oferece escalabilidade para suportar um grande número de sensores e configurar vários dispositivos. Além disso, o processamento de dados pode ser dividido entre nuvem de borda e nuvem centralizada para baixa latência e requisitos reduzidos de largura de banda de dados, afirma a empresa.
Tostes também está otimista com o desenvolvimento de projetos de edge computing na região para alavancar seu modelo de negócios.
DIVERSIFICAÇÃO
A premissa por trás da open RAN é basicamente ter redes de telecomunicações abertas, interoperáveis e seguras, com diferentes marcas de sistemas de rádio e transporte conectando uma única rede orquestrada.
A ideia é romper com os formatos “locked-in”, onde todos os softwares e hardwares que compõem uma rede de telecomunicações são comprados de um único provedor. No caso do acesso via rádio, por exemplo, da Ericsson, Nokia e Huawei. Como resultado, a concorrência se intensifica, os produtos melhoram e os custos caem.
Augusto Pessoa, diretor técnico global da empresa norte-americana de infraestrutura wireless QMC Telecom, disse em um evento recente que o formato pode reduzir os custos de capex em até 40% e os custos de opex em até 50% para redes greenfield.
A Mavenir trabalha com os principais grupos de padrões abertos, como 3GPP e a aliança Open Ran. Também participa de iniciativas regionais e locais, como um grupo de trabalho liderado pelo governo brasileiro e alianças formadas localmente por empresas para viabilizar o formato, disse Tostes.
Mas o fato é que a maioria das iniciativas de open RAN ainda está em fase de teste.
De qualquer forma, ao testar o formato, os grandes operadores ainda estão cautelosos, pois permanecem várias questões pendentes sobre a viabilidade da arquitetura.
Gustavo Lima, gerente de comunicação e soluções wireless do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações – CPQD, que está envolvido em diferentes grupos de padronização de open RAN, disse no ano passado que um dos desafios imediatos é harmonizar certas tecnologias de transmissão de antenas.
No entanto, Tostes minimizou esses desafios de integração. Ele disse que a Mavenir está trabalhando em seu software e sistemas com parceiros, como integradores de sistemas, e no gerenciamento de nuvem com empresas como VMware e Red Hat, embora possa eventualmente competir com as duas últimas empresas.
“Basicamente, ser variado, aberto e o melhor da categoria é muito mais estratégico [para as operadoras], muito melhor do que o antigo modelo de aprisionamento do fornecedor, que é muito ineficiente”, disse ele.
“Temos desde os rádios até a parte de datacenter, passando pelos integradores de sistemas, todos formando esse ecossistema. As operadoras entendem que precisam mudar um pouco essa equação e otimizar suas redes porque a demanda só vai crescer e as receitas não vão subir tanto”, acrescentou.
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