Os planos da Vibra Energia para aumentar sua capacidade de geração renovável

A brasileira Vibra Energia planeja expandir sua capacidade centralizada de geração de energia renovável para 1.837 MW em 2024 e além.

Desse total, 1.556 MW referem-se a energia solar e 281 MW a eólica. Atualmente, a empresa possui em operação 225 MW de capacidade solar e 101 MW de eólica.

Os projetos a serem implantados são as usinas solares fotovoltaicas Castilho (267 MWp), em São Paulo, e Hélio Valgas (655 MWp) e Coromandel (23 MWp), em Minas Gerais, além dos parques eólicos Babilônia (72 MW) e Rio dos Ventos (107 MW), na Bahia e no Rio Grande do Norte.

A Vibra possui 35 usinas de geração distribuída (GD) totalizando 149 MWp em operação e está implantando outras 68, com a meta de atingir 450 MW após 2024.

BIOCOMBUSTÍVEIS

Uma joint venture entre a Vibra Energia e a Copersucar – denominada Evolua Etanol – está programada para entrar em operação plena na próxima safra de açúcar, entre abril de 2023 e março de 2024.

Com os volumes totais esperados, a joint venture deve se tornar a maior trading de etanol do Brasil e um dos principais players globais.

Através da ZEG Biogás, da qual detém 50%, a Vibra pretende produzir cerca de 2 MMm³/d (milhões de metros cúbicos por dia) de biogás.

ELETROMOBILIDADE

Outra frente potencial de crescimento é a eletromobilidade, via EZVolt Clean Energy, startup que recebeu investimentos da Vibra.

A EZVolt possui 450 postos de energia elétrica contratados em 11 estados brasileiros, com mais de 7 mil recargas mensais de baterias automotivas.

O plano é ter mais estações ultrarrápidas no país até o final de 2023, formando um corredor de eletromobilidade de 9 mil quilômetros.

VENDAS DE COMBUSTÍVEL

Antiga BR Distribuidora, a Vibra Energia é a principal distribuidora de combustíveis do Brasil. No terceiro trimestre, a empresa vendeu 6,36 MMm³ de combustíveis, alta de 12,4% em relação ao trimestre anterior e 8,5% em relação ao ano anterior.

No negócio B2B, a empresa vendeu 2,16 MMm³ de diesel, com alta de 12,2% e 0,3%.

A Vibra também comercializou 1,06 MMm³ de querosene de aviação, representando aumentos de 11,5% e 33,8%.

FINANÇAS

A Vibra registrou um prejuízo líquido de R$ 61 milhões no terceiro trimestre, comparado a um lucro líquido de R$ 598 milhões no ano anterior.

O resultado deveu-se principalmente ao forte impacto das perdas no estoque de produtos da empresa e ao reconhecimento de cerca de R$ 150 milhões em seus resultados, dada a reavaliação atuarial dos planos de aposentadoria e pensão.

O Ebitda ajustado foi de R$ 925 milhões, queda de 22%.