Panamá pretende iniciar construção do novo complexo penitenciário de Colón ‘em breve’

O governo panamenho divulgou mais detalhes sobre a construção de um novo complexo penitenciário em Colón para substituir as instalações de Nueva Esperanza, projeto que vem sendo planejado há anos.

Na última quarta-feira (3), o ministro de Governo Roger Tejada afirmou que a construção da penitenciária começará “em breve”, sem nomear a empreiteira ou a data de início das obras. De acordo com o ministro, o complexo terá padrões melhores que o chamado Centro de Confinamento do Terrorismo (Cecot) de El Salvador, inaugurado no ano passado.

“Esta penitenciária em Colón tem padrões muito melhores que o presídio do [presidente Nayib] Bukele em El Salvador. Dedicamos o tempo necessário para o estabelecimento das condições técnicas ideais, e é por isso que levamos um ano para elaborar o projeto e os estudos”, relatou o ministro, segundo o veículo El Siglo.

O projeto, colocado em licitação em janeiro do ano passado, envolve capex estimado em US$ 85 milhões – em comparação com os US$ 70 milhões que o Cecot teria custado.

Três empresas apresentaram propostas para a construção do novo presídio, reportou o diário La Estrella: a China Harbour Engineering Company apresentou uma proposta de US$ 86,3 milhões; a Tradeco Infraestructura ofereceu US$ 85,7 milhões; e a Centroequipos enviou uma oferta de US$ 86,5 milhões. O vencedor não foi divulgado.

A construção está prevista para levar três anos.

As instalações que serão substituídas incluem a cadeia pública de Colón, o centro de reabilitação Nueva Esperanza e a penitenciária feminina de Colón, que estariam em más condições, superlotadas e descumprindo padrões internacionais.

O novo complexo é planejado desde setembro de 2015, após uma rebelião em um presídio, e deveria ter sido concluído em 2018.

A licitação original foi lançada pelo governo Juan Carlos Varela e recebeu três propostas. A agência de notícias Panamá América informou que, após alguns atrasos, o contrato foi finalmente concedido a um consórcio formado pela IBT e pela Constructora Rodsa em outubro de 2017.

A decisão foi contestada pelos outros dois licitantes e o processo foi anulado em meio a acusações de irregularidades da IBT em outros contratos com o governo. Um novo processo foi lançado em 2018, mas cancelado meses depois.