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Para Naturgas, Colômbia deve aproveitar oportunidades offshore para reforçar o fornecimento de gás

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Para Naturgas, Colômbia deve aproveitar oportunidades offshore para reforçar o fornecimento de gás

As grandes reservas de hidrocarbonetos na costa caribenha da Colômbia poderiam aumentar em 25 vezes as reservas comprovadas de gás natural do país, de acordo com a associação industrial Naturgas.

Os números oficiais publicados em maio mostram que as reservas de gás da Colômbia chegavam a 2,82 Tf³ (trilhões de pés cúbicos) em 31 de dezembro de 2022. A vida útil das reservas com base nas taxas de produção atuais é de 7,2 anos, abaixo dos 8 anos calculados 12 meses antes.

“Até o ano de 2050, vejo um aumento na oferta de gás local, e isso nos permitirá ampliar o horizonte da autossuficiência energética”, disse a presidente da Naturgas, Luz Stella Murgas (foto), durante o evento Asoenergia 2023, em Bogotá.

A única produção atual de gás offshore da Colômbia vem dos campos Ballena e Chuchupa, na costa do departamento de La Guajira. A área – em atividade desde a década de 1970 – é operada pela Hocol, subsidiária da estatal Ecopetrol.

Apesar da produção limitada de gás offshore, a exploração ao longo da costa caribenha do país tem atraído um interesse renovado.

No ano passado, a Ecopetrol e os parceiros Petrobras e Shell anunciaram grandes descobertas de gás nos poços de exploração em águas profundas Uchuva-1 e Gorgón-2.

Outras empresas com planos de perfurar áreas na costa norte do país incluem Noble Energy, Occidental e Hocol.

“O aumento da oferta implica que as descobertas offshore já feitas se concretizem e, sobretudo, que o gás possa ficar disponível antes dos cronogramas [de perfuração] que estão em vigor”, apontou Murgas.

As preocupações com a disponibilidade de gás natural na Colômbia se intensificaram nas últimas semanas em meio a problemas técnicos em poços operados pela Canacol no departamento de Córdoba.

A empresa canadense afirmou que os problemas – cujos detalhes não foram divulgados – fizeram com que as vendas de gás em agosto caíssem 9% em relação a julho.

“A situação apresentada no Caribe demonstra a necessidade de acelerar e expandir a atividade exploratória na Colômbia para garantir a autossuficiência, a confiabilidade e a segurança energética em longo prazo”, disse Murgas.

Segundo Adriana Jiménez, comissária do regulador do setor energético Creg, são necessários mais esforços para alinhar os regulamentos com as metas de transição energética, combater atrasos nos projetos e dar maior confiabilidade aos usuários.

“Em termos regulatórios, adaptar as regulamentações à descarbonização é fundamental”, avaliou Jiménez.

Ela acrescentou que a Creg está em um processo de elaboração de novas regras que garantiriam maior flexibilidade aos participantes do mercado atacadista de gás da Colômbia.

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