
Petrobras deve investir na modernização de refinarias, diz integrante da equipe de transição do governo

A Petrobras precisa voltar a olhar para o refino, investindo na modernização de suas refinarias e retomando as obras paralisadas, de acordo com um importante membro da equipe de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva para o setor de energia.
“Uma empresa do porte da Petrobras deve ser tratada como uma empresa integrada. É fundamental que ela fortaleça seu core business de E&P [exploração e produção] em águas profundas e ultraprofundas, mas isso não exclui o fato de que deve investir em outras dimensões do conjunto da cadeia produtiva em que atua”, destacou o economista William Nozaki (foto) em um webinar realizado na última terça-feira (6).
Durante o governo anterior de Lula (2003-2010), a Petrobras anunciou um plano para fazer uma expansão significativa da capacidade de refino, consistindo em obras em quatro instalações: Premium I e II, nos estados do Maranhão e Ceará, respectivamente, Abreu e Lima (Rnest), no estado de Pernambuco, e o polo Gaslub, no estado do Rio de Janeiro, antes chamado de Comperj e projetado para abrigar uma usina petroquímica.
No entanto, os escândalos de corrupção revelados pela investigação Lava Jato, da Polícia Federal, levaram à interrupção desses empreendimentos, com apenas as obras da Rnest avançando parcialmente até a conclusão de um de seus dois trens de refino projetados.
Embora seja um grande exportador de petróleo, o Brasil é um importador líquido de derivados, principalmente óleo diesel, combustível fundamental para um país enorme e que passou décadas investindo pesado em sua malha rodoviária em detrimento da malha ferroviária nacional.
“Como empresa de economia mista, a Petrobras não pode somente gerar lucros e distribuir dividendos. Também deve participar dos esforços nacionais para garantir a autossuficiência em petróleo e derivados. Esses são dois pratos de uma balança que têm que caminhar de maneira conjugada”, disse Nozaki.
Em 2019, a Petrobras assinou um acordo com o Cade para vender oito refinarias que respondiam por cerca de 50% de sua capacidade de refino. No entanto, até agora, somente as vendas de duas delas foram concluídas: Mataripe (antiga RLAM) e Reman. Outras duas plantas – Lubnor e SIX – têm contratos assinados que estão aguardando aprovações regulatórias.
A expectativa é que os processos de desinvestimento das refinarias Regap, Refap, Repar e Rnest sejam suspensos pelo governo Lula.
Para Rodrigo Leão (foto abaixo), coordenador técnico do instituto de pesquisa de petróleo Ineep, a atual estratégia da empresa de avançar com desinvestimentos na área de refino, sem fazer mais investimentos para aumentar a capacidade de refino, deixa o país vulnerável.
“Ninguém aqui se opõe ao investimento privado em refino. O que sempre criticamos é o fato de que vender as refinarias da Petrobras não vai gerar os resultados esperados e vai criar mais problemas do que soluções. As refinarias brasileiras não competem entre si”, ressaltou ele no webinar.
“Os preços altos e o desabastecimento caem na conta do Estado. Então estamos falando do Estado usando um instrumento do Estado para criar um problema para o Estado”, concluiu.
Tanto Nozaki quanto Leão também recomendaram que a Petrobras invista em inovações como o biorrefino, além de retomar os investimentos no setor petroquímico e alocar parte significativa de seu capex para fontes alternativas de energia, sejam renováveis ou biocombustíveis.
Eles também estão preocupados com a concentração da produção de petróleo e gás da Petrobras em poucas áreas, como as bacias de Campos, Santos e Sergipe Alagoas.
Na visão dos especialistas, a gigante do petróleo precisa olhar para novas fronteiras de exploração, inclusive a margem equatorial, onde a empresa planeja investir metade de seu capex para exploração até 2027.
“O futuro nos reserva um novo desafio, que é desbravar a margem equatorial, e não há empresa no mundo mais capacitada para isso que a Petrobras”, disse Nozaki.
“Outras áreas precisam ser olhadas, além do pré-sal e da própria margem equatorial, como a bacia de Pelotas [em águas profundas na costa sudeste do Brasil]”, lembrou Leão.
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