Phoenix Tower aposta em energy-as-a-service na diversificação da América Latina

A empresa de infraestrutura de torres Phoenix Tower International (PTI) busca oferecer soluções de energia como serviço para empresas e provedores de serviços em determinados mercados latino-americanos como parte de uma diversificação de ativos que também inclui fibra, computação de ponta e sistemas de antenas distribuídas (DAS).

“Estamos fazendo alguns testes e até projetos concretos principalmente no Caribe, e esperamos que esse portfólio seja muito interessante para outros mercados, na América do Sul e provavelmente na América Central”, disse Hermes Figueroa, diretor de vendas da PTI para a América Latina, à BNamericas.

A Phoenix Tower também tem cerca de 1.400 km de fibra ótica no México que planeja expandir para atender a diferentes provedores de serviços, bem como produtos de borda e DAS para os quais o interesse está crescendo, disse Figueroa.

A PTI começou a expandir seu portfólio gradualmente na região. “O status do negócio agora na América Latina é provavelmente diferente em outros mercados”, acrescentou o executivo.

A PTI atraiu um interesse significativo de investidores privados, particularmente, nos últimos dois anos.

Em 2021, o fundo de pensão canadense CDPQ financiou a Phoenix Tower International em uma transação que pode totalizar 775 milhões de euros (US$ 854 milhões). Mais recentemente, a Blackstone Infrastructure Partners anunciou em janeiro a compra de uma participação de 35% na PTI da Manulife Investment Management.

Por meio de um veículo diferente, a Blackstone foi investidora original da PTI em 2014, tendo vendido sua participação minoritária em 2018.

De acordo com os executivos da PTI, os novos recursos, principalmente o retorno da Blackstone, reforçam a capacidade de capital da PTI para continuar sua expansão nas Américas e na Europa.

“É bom ver que o investidor original decidiu voltar e recomprou a participação minoritária”, disse Shylesh Moras, vice-presidente sênior de operações da PTI, à BNamericas

“O que muda para nós é que o fundo original era mais um fundo de private equity, enquanto o novo fundo é o Blackstone Infrastructure Partners, que é muito maior e tem um histórico de investir em empresas e permanecer com empresas por um período muito maior de tempo”, acrescentou.

A PTI tem como alvo 300 novos locais para suas operações em 2022 – de acordo com o que Moras, vice-presidente sênior de operações, disse à BNamericas –, uma quantidade substancial, dos quais se espera que se concentrem em seus principais mercados latino-americanos. Historicamente, a região responde por 95-99% das novas construções que a PTI fez, segundo Moras.

“É uma região onde somos bastante ativos no mercado de built-to-suit (BTS)”, disse Moras.

A PTI possui uma grande encomenda de torres do grupo de telecomunicações com sede na Holanda Altice, compreendendo 100 novos sites na República Dominicana, e também está construindo sites para a Telefónica na Colômbia e NuevaTel, negociando como Viva e controlada pela Trilogy International, na Bolívia.

Fundada em 2013 e sediada na Flórida, a PTI opera mais de 14 mil torres de celular em 18 países. Cerca de 9 mil delas estão na América Latina, segundo os executivos.

Na região, a maioria das torres e ativos relacionados da PTI estão na Colômbia, Equador, República Dominicana, México e Bolívia. Neste último, em particular, a empresa afirma ser a líder do mercado de torres em número de sites.