Preço de projeto de armazenamento solar de desenvolvedora chinesa no Chile sobe para US$ 375 mi

A desenvolvedora chinesa Pacific Hydro está tentando mais uma vez obter uma licença ambiental para o projeto chileno de energia renovável Solar Wing.

O preço da usina proposta de 212 MW na região do Atacama – cuja revisão ambiental foi encerrada no ano passado porque faltavam algumas informações do projeto – cresceu para US$ 375 milhões, ante US$ 170 milhões originalmente.

Funcionários da empresa citaram a revisão do armazenamento com baterias, tecnologia e despesas de subestação como os principais motivos, informou a mídia local Pulso.

A Pacific Hydro já está construindo um projeto de US$ 260 milhões e 293 MW chamado Desierto de Atacama próximo ao local planejado da Solar Wing.

A mais recente aplicação da Solar Wing envolve principalmente uma modificação na licença ambiental de Desierto de Atacama, para permitir que a Solar Wing se conecte à sua subestação.

A construção do projeto Solar Wing está marcada para começar em 2025.

A Pacific Hydro tem 589 MW de capacidade instalada no país, segundo dados da associação local Generadoras de Chile, distribuídos entre energia eólica (83 MW), hidrelétrica a fio d’água (430 MW) e mini-fio d’água (76 MW).

Um projeto de armazenamento solar-eólico de US$ 340 milhões na região de Coquimbo, denominado Amolanas, já possui uma licença ambiental.

Outro projeto, a usina solar fotovoltaica Don Patricio, de 140 MW, na região metropolitana de Santiago, está em fase de desenvolvimento. A empresa busca uma concessão definitiva para uma linha de energia associada de 1x220 kV.

A Pacific Hydro estava entre as 16 partes que se registraram para comentar o relatório preliminar do leilão de fornecimento de 2023 do Chile. As regras definitivas de licitação foram publicadas recentemente pela Comissão Nacional de Energia (CNE).

Em 2016, a State Power Investment Corporation da China adquiriu os ativos globais – incluindo os do Chile – da desenvolvedora australiana de energia limpa Pacific Hydro por cerca de US$ 3 bilhões, o que também abriu as portas para o financiamento de projetos.

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Os principais players com opções de financiamento interno estão liderando a iniciativa de armazenamento de energia no Chile.

OUTROS PROJETOS

Uma unidade do desenvolvedor alemão de renováveis Grupo UKA apresentou recentemente um projeto de armazenamento de energia solar fotovoltaica de US$ 250 milhões.

A usina proposta, Llanos de Rungue, está planejada para a região de Coquimbo. Os principais componentes são uma fazenda solar fotovoltaica de 280 MW e um sistema de armazenamento de bateria, também de 280 MW.

A construção está marcada para começar em janeiro de 2025

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A unidade local do desenvolvedor global de energias renováveis Cox Energy submeteu à revisão ambiental o projeto solar de 147 MW Portezuelo.

A planta está planejada para a região de O'Higgins e envolve um investimento de US$ 146 milhões. O armazenamento em bateria de 112 unidades de 1 MWh também é considerado.

A construção está prevista para começar em junho de 2024, segundo a avaliação de impacto ambiental do projeto.

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A unidade local da Atlas Renewable Energy, desenvolvedora de energias renováveis com foco na América Latina, submeteu à revisão um projeto de armazenamento solar de 201 MW planejado para a região de Maule.

Com um preço de US$ 200 milhões, o projeto, denominado Parral, inclui um sistema de armazenamento de baterias de 650 MWh. A construção está prevista para começar em julho de 2025.

ARMAZENAMENTO DE ENERGIA E LICENCIAMENTO

Em meio ao congestionamento da transmissão e às perspectivas de uma espera de mais de sete anos por uma grande nova linha de energia norte-sul, os desenvolvedores estão incorporando cada vez mais o armazenamento de energia nos planos dos projetos.

Os investidores aguardam novas regulamentações, principalmente na esfera da capacidade e remuneração da injeção.

Em outra parte do mapa de desenvolvimento do projeto, o governo chileno está preparando um projeto de lei que revisa as licenças setoriais. Também foram feitas chamadas para simplificar – mantendo os padrões – o sistema de avaliação ambiental.

O processo de licenciamento de projetos do país é frequentemente criticado por ser complexo e demorado.