
Presidente mexicano classifica como ‘exagero’ reportagem sobre custos da refinaria Olmeca

O presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador (AMLO) disse que os custos excedentes na refinaria Olmeca, que será inaugurada em breve, ficariam entre 20% e 30% dos valores originais, com o preço final chegando a US$ 12 bilhões, no máximo.
As declarações, feitas em uma entrevista coletiva na sexta-feira (24), foram em resposta a um relatório da Bloomberg divulgado na quarta-feira (22), alegando que os custos podem chegar a US$ 18 bilhões, citando fontes anônimas “próximas ao assunto”. “É um exagero”, afirmou AMLO.
Questionado sobre até que ponto os custos ultrapassaram, ele disse: “Cerca de 20%, 30%, ou seja, vai sair para […] cerca de 11 ou 12 [bilhões de dólares], incluindo o IVA”.
Em construção desde 2019 perto do porto de Dos Bocas, em Tabasco – estado natal de AMLO –, Olmeca é a peça central de seu esforço para reforçar o refino na petrolífera estatal Pemex e acabar com as importações de combustíveis.
Uma Olmeca totalmente operacional, com capacidade esperada de processamento de petróleo bruto de 340 mil b/d, será essencial para os planos do presidente de que a estatal atinja 2 MMb/d (milhões de barris por dia) de capacidade de refino até o momento em que ele deixar o cargo, em outubro de 2024.
AMLO declarou que a cerimônia inaugural da planta será realizada em 1º de julho, apesar das declarações anteriores de que o evento ocorrerá em 2 de julho. Ele acrescentou que este é “um estágio inicial” e que os testes podem continuar em 2023.
O custo estimado da refinaria aumentou constantemente em relação à estimativa inicial de US$ 8 bilhões, em 2019.
Ao apresentar a estimativa de US$ 11 a 12 bilhões, AMLO parece ter aplicado o aumento de 20 a 30% ao valor de US$ 8,9 bilhões anunciado pela Pemex em outubro de 2020.
Relatos da mídia começaram a surgir em março e abril de que os custos estavam subindo vertiginosamente, alimentados pela corrida para a conclusão do lançamento em julho e pela nova pressão inflacionária trazida pela guerra na Ucrânia.
Questionado se o custo da refinaria foi impactado pelos preços mais altos das matérias-primas com a guerra, ele disse: “Sim, houve um aumento, mas não para 18 bilhões”.
A inflação ainda está subindo no México. O índice de preços ao consumidor de meados de junho subiu para 7,88% ano a ano, contra 7,65% em maio – o nível mais alto desde janeiro de 2001.
E, com os preços dos materiais de construção em alta, parece que a Pemex está contratando empreiteiras adicionais para manter o cronograma para o lançamento.
A reportagem da Bloomberg citou uma fonte dizendo que o número de contratos da Pemex relacionados ao projeto aumentou de cerca de 100 para 270, nos últimos seis meses.
NÃO HAVERÁ ATRASOS
AMLO também negou relatos da mídia sugerindo que a usina não estaria totalmente operacional no próximo ano.
Esses relatos começaram a surgir em março, quando o jornal local El Universal obteve um kit informativo da Secretaria da Energia (Sener) enviado a empresas contratadas para realizar obras complementares na refinaria.
Nele está sugerido que Olmeca não estaria operando a 80% de sua capacidade nominal – de 340 mil b/d – até 2026. O jornal também citou um estudo da consultoria mexicana de construção Scala que argumenta que, “com base no que a Sener relata, a refinaria de Tabasco está projetada para receber 24 mil b/d de petróleo para produção em 2023, atingindo 267 mil b/d em 2025 e chegando em 2026 a 340 mil b/d.”
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