Projeto do parque Texcoco está avançando em ritmo muito lento no México

O projeto do parque Texcoco, nos arredores da Cidade do México, está avançando em um ritmo muito lento.

O empreendimento de 20 bilhões de pesos (US$ 1,14 bi), que reabilitará e transformará 14 mil hectares em um parque público e reserva natural, alcançou apenas 5,4% de progresso no final de março, informou o jornal local Reforma.

O parque tem inauguração oficial prevista para daqui a sete meses.

Depois de cancelar o projeto do aeroporto NAIM de seu antecessor em 2018, o presidente Andrés Manuel López Obrador anunciou o parque ecológico como um projeto substituto para Texcoco. Está planejado para ser 15 vezes maior que o Parque Chapultepec, na Cidade do México, e deve se tornar o maior parque urbano do mundo.

O projeto compreende a construção do parque e obras hidráulicas, incluindo a reabilitação do lago Nabor Carillo, o pântano San Juan, as lagoas Texcoco Norte e Xalapango, e zonas úmidas na área de Atenco.

O Reforma citou um relatório da Secretaria da Fazenda (SHCP) dizendo que as obras de água sofreram os maiores atrasos.

A Comissão Nacional da Água (Conagua) está a cargo do projeto e criou um departamento para supervisionar as obras.

Segundo o Reforma, outros projetos supervisionados pela Conagua – como o Agua Saludable para la Laguna, a barragem de Santa María, no estado de Sinaloa, e a construção dos aquedutos Yaqui e Zapotillo – avançaram em ritmo mais acelerado.

No primeiro trimestre, foram investidos apenas 2% dos 2,6 bilhões de pesos atribuídos ao projeto para 2023, segundo o relatório.

O primeiro contrato do projeto foi concedido à ICA há quase três anos, para construir um viveiro de 24,2 hectares.

Contratos mais recentes incluem as obras de abastecimento de água de 190 milhões de pesos para o lago Nabor Carillo, além das lagoas, que foram para a Construcciones Sarevich em janeiro.

Trabalhadores e moradores ouvidos pelo Reforma dizem que as obras estão atrasadas devido a conflitos com proprietários que tiveram suas terras desapropriadas, além de problemas de saúde do arquiteto do parque, Iñaki Echeverría.