
Redes privadas: Nokia reivindica 80% do mercado de mineração na América Latina

A indústria de mineração representa cerca de 50% do mercado de redes privadas na América Latina e, desse total, a fornecedora finlandesa Nokia detém uma participação de cerca de 80%, disse Renato Bueno, chefe de vendas da empresa para indústrias digitais na região, à BNamericas.
Os 50% restantes do mercado de redes privadas estão divididos entre as verticais de manufatura, O&G, portos e utilidades, disse Bueno.
Os números referem-se ao número de projetos, não à receita ou valor do contrato.
Falando à BNamericas durante o evento de inovação portuária Inova Portos, na cidade de Santos, na segunda-feira (22), Bueno disse que praticamente todos os projetos da Nokia com mineradoras na América Latina são baseados em 4G LTE.
Esta tecnologia, explicou, é mais difundida, tem mais equipamentos no mercado e também é mais adequada – pelas suas características de alcance e capacidade de transmissão – às necessidades atuais das operações mineiras.
“A [implementação no] mercado de mineração é muito baseada no uso de veículos autônomos e na automação de determinados processos de mineração. Esses veículos autônomos, individualmente, justificam o investimento em nova infraestrutura de conectividade. Essa infraestrutura, por sua vez, acelera não apenas esse caso de uso específico, mas também outros casos de uso [na mineração]”, disse Bueno.
Isso não significa que os mineradores não estejam considerando o 5G, como estão. E o software das redes privadas que estão sendo implantados pela Nokia para esses projetos já está preparado para a nova tecnologia.
No entanto, o 5G ainda está em seus primórdios e possui características técnicas relacionadas às bandas em que se apoia que o tornam um pouco menos adequado para o setor de mineração, segundo Bueno. Isso inclui a necessidade de mais antenas e uma área de cobertura menor.
“O mercado de mineração geralmente opera em áreas muito grandes, muito amplas. Do ponto de vista tecnológico, o 4G tem sido a solução adotada. A maioria de nossos projetos de mineração opera com latência fornecida pelo 4G. A latência, hoje, não é restritiva para a implementação de projetos. A capacidade de transmissão é”, disse ele.
Todos os projetos de mineração em que a Nokia está trabalhando são desenvolvidos em parceria com operadoras.
Em países como o Brasil, o regulador local de telecomunicações permite que as empresas adquiram licenças privadas para faixas de espectro específicas para desenvolver suas próprias redes privadas sem a participação de operadoras.
Os clientes de mineração da Nokia na América Latina incluem Vale, Codelco, Antofagasta Minerals, Las Bambas e as multinacionais BHP e Rio Tinto.
Para outros segmentos, ela reporta projetos com empresas como Weg, Rumo, Altan Redes, Neoenergia, Enel, San Antonio Terminal Internacional do Chile, Norcat e Carsotec.
No geral, a Nokia tem cerca de 30 projetos de rede privada em desenvolvimento na região. Em todo o mundo, a empresa possui 450 contratos.
PORTOS
É o setor portuário que deve impulsionar o desenvolvimento das redes privadas 5G na América Latina, segundo Bueno.
“O setor que mais tem demandado o 5G ultimamente na América Latina é o portuário. Minha aposta é que deve ser o segmento que vai abrir caminho para as redes privadas 5G.”
Diferentemente do setor de mineração, os portos operam em áreas menos extensas, algumas próximas a centros urbanos, e têm necessidades de transmissão de dados diferentes das necessidades das mineradoras, por isso o 5G é mais adequado para este último, segundo o executivo da Nokia.
“Existe uma densidade de vídeo, uma demanda imensa de implantação de câmeras de vídeo nos portos, entre outras demandas que estamos vendo. O fato é que a capacidade de transmissão 4G hoje é insuficiente para atender a demanda portuária nos próximos 4-5 anos”, afirmou.
Os principais direcionadores dos portos e terminais quanto ao uso de conectividade dedicada giram em torno de questões relacionadas à segurança, controle, aumento da movimentação de cargas por hora, redução de custos por movimentação e como fazer tudo isso de forma sustentável.
Na América Latina, a Nokia está trabalhando em quase uma dúzia de projetos de redes privadas para portos. Esses projetos estão concentrados no Brasil, México, Peru e Chile, incluindo terminais em Santos, San Antonio e Yucatán, além de outros no Peru e no Brasil que, segundo Bueno, ainda não podem ser divulgados.
Nenhum deles ainda envolve a tecnologia 5G.
Bueno garante que este ano o Brasil terá seu primeiro porto operando comercialmente com rede 5G, alimentado pela Nokia em parceria com uma operadora de telefonia móvel local.
Segundo o executivo, mais detalhes serão anunciados em breve.
Em projetos de mineração, a Telefónica tem sido o parceiro preferencial da Nokia para lançamentos de redes privadas na América Latina.
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