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Setor de saneamento do Brasil precisaria de mais de R$ 890 bilhões em investimentos

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Setor de saneamento do Brasil precisaria de mais de R$ 890 bilhões em investimentos

O setor de saneamento do Brasil tem um longo caminho a percorrer para garantir o acesso aos serviços para a maioria da população até 2033.

A legislação aprovada em 2020 estabelece que 99% da população deve ter acesso à água tratada de qualidade e 90% a meios de destinação adequada de esgoto até 2033. Para isso, são necessários investimentos de R$ 893 bilhões (US$ 184 bilhões), segundo um estudo recente produzido pela Associação Brasileira das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto (Abcon) em parceria com a KPMG.

Do total, R$ 607 bilhões estão previstos para obras civis, R$ 178 bilhões para tubulações e R$ 74,6 bilhões para equipamentos.

“É natural que, uma vez aprovado o marco regulatório, víssemos um aumento das necessidades de investimento no setor. Isso é positivo, mas também evidencia a existência de grandes gargalos, e eu diria que um deles hoje é a ausência de mão de obra qualificada. Ainda é difícil encontrar um grande número de engenheiros especializados na área de saneamento para realizar os projetos”, disse à BNamericas André Ferreira, diretor de operações e sócio da consultoria de engenharia Hidroconsult.

Segundo Joaquim Batista da Silva Junior, outro sócio da Hidroconsult, algumas empresas de saneamento do setor privado que ganharam concessões recentes em áreas mais remotas também têm encontrado dificuldades para acessar as cadeias produtivas locais.

No entanto, a indústria local de máquinas e equipamentos está otimista.

“O segundo semestre sempre tende a ser melhor que o primeiro, e um dos segmentos que vai ajudar nessa melhora é o setor de equipamentos, que já tem obras importantes em andamento”, destacou Maria Cristina Zanella, diretora de economia, estatística e competitividade da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).

SETOR PRIVADO

As reformas de 2020 abriram caminho para que as empresas de água e saneamento do setor privado aumentassem seus investimentos.

Durante anos, o setor foi dominado por empresas estatais, mas os efeitos das novas regras já estão se materializando.

No final de 2022, 24,2% dos brasileiros eram atendidos por empresas privadas de água, proporção que deve crescer nos próximos anos.

“Empresas do setor privado, quando fazem solicitações e pedidos de serviços ou equipamentos, precisam de respostas rápidas. No setor público, há maior sensibilidade ao preço e não tanto ao fator tempo”, avaliou Ferreira.

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