Sistema de compartilhamento de produção parece pronto para forte expansão da produção brasileira de petróleo

A produção de petróleo do sistema de compartilhamento de produção do Brasil deve atingir 2,95 MMb/d (milhões de barris por dia) em 2030, quase cinco vezes mais do que os níveis atuais.

A projeção foi apresentada nesta terça-feira (29) pela Pré-Sal Petróleo (PPSA), estatal responsável pela fiscalização e comercialização da participação do governo federal nos hidrocarbonetos dos contratos de partilha de produção.

Para aumentar a produção, cerca de US$ 72,4 bilhões serão investidos entre 2023 e 2032, envolvendo 21 novos FPSOs e 319 poços, segundo a PPSA.

Depois de atingir um pico em 2030, a PPSA prevê queda na produção, para 2,56 MMb/d, em 2032.

Também estimou que a produção total de petróleo do país será de 5,2 MMb/d em 2030.

O polígono do pré-sal e as áreas consideradas estratégicas – caracterizadas por baixo risco exploratório e alto potencial de produção de óleo e gás – fazem parte do sistema de partilha de produção.

Atualmente, o sistema é composto por 19 contratos, dos quais seis estão em fase de produção: Mero, Búzios, Tartaruga Verde Sudoeste, Entorno de Sapinhoá, Atapu e Sépia.

Juntos, eles produziram 668 mil b/d de petróleo em outubro, segundo dados da PPSA.

Os demais contratos são Norte de Carcará e Itapu, que estão em fase de desenvolvimento da produção, além de Sul de Gato do Mato, Alto de Cabo Frio Central, Uirapuru, Alto de Cabo Frio Oeste, Três Marias, Dois Irmãos, Saturno, Titã, Pau Brasil e Aram, já em fase de exploração.

Peroba, por sua vez, está em processo de devolução à ANP.