Staatsolie pode precisar de mais recursos para segmento upstream

A empresa nacional de petróleo do Suriname Staatsolie pode precisar de um nível mais alto de financiamento para avançar no desenvolvimento do potencial offshore do país, revelam informações da operadora estatal.

“Alteramos e estendemos nossa linha de empréstimo corporativo com os credores atuais, pois o contrato de crédito agora permite o financiamento da participação da Staatsolie no desenvolvimento offshore”, declarou a empresa em seu relatório anual.

A Staatsolie afirmou que está mantendo todas as opções viáveis de financiamento abertas diante da possível declaração de comercialidade do bloco 58, que seria o primeiro fornecedor de petróleo e gás em águas profundas do Suriname.

Outras áreas no radar incluem os blocos de águas profundas 42, 52 e 53 e o bloco de águas rasas 7.

A maior parte do plano de investimento de US$ 1,5 bilhão da empresa para 2022-27 vai para iniciativas offshore, com o restante para energia sustentável e uma recuperação planejada da refinaria Tout Lui Faut, de 15.000 b/d, em 2024.

No ano passado, a Staatsolie produziu 6,14 MMb em seus campos terrestres Tambaredjo, Calcutá e Tambaredjo-Northwest, superando sua meta inicial em cerca de 190.000 b, resultado atribuído pela empresa, em parte, à melhoria na recuperação de petróleo.

Tout Lui Faut também registrou um aumento de 300.000 b na produção, chegando a 3,3 MMb em 2022, com a venda de produtos refinados totalizando 5,7 MMb em comparação com 5,3 MMb em 2021.

SEGMENTO DE ENERGIA

Por meio da subsidiária Staatsolie Power (SPCS), que opera a hidrelétrica Afobaka de 189 MW e uma usina termelétrica de 96 MW em Wanica, a companhia está explorando diversas iniciativas: substituição de turbinas em Afobak, uma usina solar de 30 MW em Afobaka, aumento do uso industrial de gás natural e o uso de calor residual para gerar eletricidade na central térmica.

O principal cliente da SPCS é o governo, e a eletricidade é despachada pela concessionária estatal de energia EBS.

Segundo a Staatsolie, a SPCS gerou cerca de 75% das necessidades de energia de pico do Suriname em 2022.