Trabalhadores em greve prometem diálogo em mina do México

Trabalhadores em greve na mina de cobre Boleo, da Korea Resources, no México, disseram que estão abertos ao diálogo sobre possíveis otimizações no ativo, mas só depois de um acordo para encerrar a paralisação.

Funcionários da operação no estado de Baja California Sur cruzaram os braços no dia 6 de julho, depois de rejeitar uma oferta de pagamento em junho, emitindo um alerta de que a greve ameaça a viabilidade futura da mina, com prejuízo há anos.

O sindicato que representa os trabalhadores se ofereceu para iniciar negociações para implementar sistemas de melhoria de produtividade e otimização de custos e processos, informou o site de notícias local Peninsular Digital.

Mas isso só aconteceria depois do retorno dos trabalhadores às funções, segundo o sindicato SNTMMSSRM, que representa 1.076 funcionários na mina.

No entanto, o sindicato afirmou que a oferta salarial da empresa, que inclui um aumento de 6% no salário a partir de maio e mais meio ponto em outubro, não foi suficiente.

O porta-voz do sindicato, Rodríguez Gutiérrez, também contou ao jornal local Diario El Independiente que o sindicato havia impedido a entrada de funcionários do SAT, da Procuradoria Geral e da Guarda Nacional do México na mina, o que, de acordo com ele, era uma tentativa de intimidar os trabalhadores.

Boleo gerou prejuízos nos últimos cinco anos e continua operando com prejuízo, situação que a empresa planejava reverter em 2023-2024, disse anteriormente Rubén Rosas, chefe do departamento jurídico da subsidiária local Minera y Metalúrgica del Boleo (MMB).

As perdas foram de US$ 149 milhões em 2021, abaixo dos US$ 270 milhões do ano anterior e dos US$ 302 milhões de 2019.

No ano passado, a operação exigiu financiamento adicional de US$ 55 milhões do governo sul-coreano, que controla a Korea Resources.