Vale avança com programa de descaracterização de barragens de rejeitos

A gigante brasileira de mineração Vale está avançando com seu programa de descaracterização de barragens de rejeitos.

No final do mês passado, a empresa concluiu as obras de eliminação de três estruturas construídas pelo método a montante, todas em Minas Gerais, de acordo com um comunicado.

Com isso, a Vale atingiu a meta de descaracterizar cinco barragens em 2022, totalizando 12 estruturas eliminadas desde 2019, número que representa 40% das 30 incluídas no programa.

“A eliminação das barragens a montante da empresa no Brasil é parte de uma profunda transformação na gestão de estruturas de disposição de rejeitos da companhia e uma das principais ações da Vale para evitar que rompimentos como o de Brumadinho voltem a acontecer”, disse a empresa.

O Brasil enfrentou dois grandes desastres de mineração devido ao colapso de barragens de rejeitos nos últimos anos. Em 2015, houve o colapso de uma barragem pertencente à produtora de pelotas de minério de ferro Samarco, joint venture Vale-BHP, em Mariana, Minas Gerais. Em seguida, um segundo colapso ocorreu em 2019, em Brumadinho, em uma mina de minério de ferro que pertencia à Vale. Os desastres causaram cerca de 300 mortes e provocaram enormes danos ambientais.

Após essas tragédias, o governo federal obrigou as mineradoras a descomissionar todas as barragens de rejeitos até o primeiro trimestre deste ano. No entanto, as empresas não cumpriram esse prazo e solicitaram mais tempo, alegando dificuldades técnicas.

Na foto: barragem Ipoema, em Itabira, Minas Gerais.