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Análise

Destaque: as perspectivas econômicas para a América Latina

Bnamericas Publicado: quarta-feira, 11 janeiro, 2023
Destaque: as perspectivas econômicas para a América Latina

O Banco Mundial ajustou para baixo as projeções de crescimento de 2023 para a América Latina e o Caribe – de 1,9% para 1,3% –, em comparação com os 3,6% do ano passado, esperando efeitos especialmente negativos no comércio e no risco político.

“O comércio exterior começa a sentir essa desaceleração econômica, que não é só na América Latina. Nem mesmo a China, que muitas vezes no passado ajudou a compensar o fraco desempenho econômico mundial, está apresentando desempenho robusto este ano”, disse à BNamericas José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB).

Para 2024, o Banco Mundial projeta um crescimento regional de 2,4%.

Após superar a média de expansão econômica global em 2022, a América Latina provavelmente terá um desempenho inferior. A economia global cresceu a uma taxa projetada de 2,9% em 2022 e deverá crescer 1,7% em 2023 e 2,7% em 2024.

“A desaceleração da demanda global reduzirá os motores externos do crescimento de curto prazo na região, enquanto a demanda doméstica será contida pelo aperto das políticas monetárias e pela persistente incerteza política em alguns países”, declarou o Banco Mundial em um relatório.

“Os principais riscos negativos para as perspectivas são externos: o aperto das condições financeiras globais pode precipitar saídas de capital e depreciações cambiais, e a economia global pode desacelerar mais do que o previsto, levando a quedas acentuadas nos preços de exportação de commodities”, acrescentou.

Uma desaceleração aumenta os riscos de tensões sociais.

“Sem dúvida esta desaceleração aumentou o descontentamento da população. Temos instabilidade política em vários países e, embora tais instabilidades não estejam necessariamente ligadas diretamente a questões econômicas, é claro que a desaceleração foi um estímulo para que mais pessoas aderissem a movimentos”, explicou à BNamericas Mário Sérgio Lima, analista político sênior da Medley Global Advisors.

BRASIL

O crescimento estimado foi de 0,8% em 2023 e 2% em 2024, ante projeção de crescimento de 3% no ano passado.

“Espera-se que o investimento se contraia acentuadamente em 2023, após um aumento de quase 12 pontos percentuais na taxa de juros do Banco Central desde o início de 2021. A incerteza em relação às perspectivas da política fiscal representa um obstáculo adicional à confiança e ao investimento nos negócios”, previu o Banco Mundial.

MÉXICO

O PIB da segunda maior economia da região deve registrar 0,9% em 2023 e 2,3% em 2024, ante 2,6% projetado para 2022.

“A demanda doméstica por serviços deve continuar a se recuperar gradualmente em 2023, mas uma perspectiva acentuadamente mais fraca dos EUA provavelmente reduzirá o crescimento das exportações e remessas internas”, segundo o Banco Mundial.

ARGENTINA

O PIB deverá aumentar 2% em 2023 e em 2024, após um crescimento de 5,2% – maior que o esperado – no ano passado.

“A desaceleração do crescimento reflete um cenário externos contrário e restrições à atividade doméstica relacionadas ao ambiente de alta inflação. O enfraquecimento da demanda externa deve pesar no crescimento das exportações, enquanto os controles de capital, importação e preços continuam a complicar o ambiente de negócios”, disse o Banco Mundial.

COLÔMBIA

A expectativa é de crescimento de 1,3% para este ano, ante projeção de 8% em 2022. Em 2024, o PIB deve chegar a 2,8%.

“Espera-se que a economia desacelere à medida que o aumento da atividade que acompanhou a reabertura das restrições pandêmicas diminua e que a política monetária permaneça rígida em meio à alta inflação. O crescimento do investimento também deve desacelerar”, projetou o Banco Mundial.

CHILE

O Chile é um dos dois países – em conjunto com o Haiti – que sofrerá uma contração em 2023.

Após expansão projetada de 2,1% em 2022, a economia contrairá 0,9% em 2023, antes de se recuperar para 2,3% em 2024.

“Rendas reais reduzidas devido à alta inflação, aliadas a um mercado de trabalho mais fraco, devem corroer o consumo no curto prazo. Apesar da atividade fraca, a política monetária deve permanecer rígida no início do ano”, disse o Banco Mundial.

“Persiste uma incerteza política considerável, ligada ao processo de reforma constitucional e aos esforços de reforma tributária e previdenciária em andamento”, concluiu.

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