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Petrobras deve investir em fertilizantes e petroquímica

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Petrobras deve investir em fertilizantes e petroquímica

A Petrobras deu mais uma prova de que vai operar como uma empresa com integração vertical, retomando investimentos na área de refino e começando a aplicar um capex significativo nos negócios de fertilizantes e petroquímica.

A forma como a gigante estatal brasileira implementará essa estratégia dependerá de uma série de estudos e análises, disse uma fonte da empresa à BNamericas.

Ao divulgar seus “elementos estratégicos” para o período de 2024-28, a Petrobras afirmou que pretende conciliar o foco em óleo e gás com a diversificação para negócios de baixo carbono, incluindo produtos petroquímicos e fertilizantes.

Isso pode significar que a empresa vai voltar atrás nos planos iniciais de vender as fábricas de fertilizantes Araucária Nitrogenados (Ansa) e UFN-III, no Paraná e Mato Grosso do Sul, respectivamente, bem como a participação na petroquímica multinacional Braskem.

“Defendo que a Petrobras atue nesses dois segmentos [fertilizantes e petroquímicos], que são complementares e agregam valor ao seu principal produto. O futuro dessa indústria passa pela verticalização, e a Petrobras estava indo na direção oposta, então essa correção de rumo era necessária”, avaliou a fonte.

O desinvestimento da Ansa foi cancelado em dezembro passado, quando estava em fase de licitação. Na ocasião, a Petrobras informou que avaliaria os próximos passos relacionados ao desinvestimento do ativo.

Localizada no município de Araucária, a planta tem capacidade de produção de 1.975 t/d de ureia e 1.303 t/d de amônia e hoje se encontra inativa.

Após negociações malsucedidas com a russa Acron, a Petrobras lançou um novo processo de desinvestimento da UFN-III em maio de 2022 e avançou até a fase de licitação, em agosto. Desde então, a empresa não divulgou nenhuma atualização sobre o assunto.

A construção da UFN-III começou em setembro de 2011, mas foi interrompida em dezembro de 2014, quando estava com cerca de 80% de conclusão. A unidade foi projetada para ter capacidade de produção de 3.600 t/d de ureia e 2.200 t/d de amônia.

Em 2020, a Petrobras arrendou suas unidades de fertilizantes na Bahia e em Sergipe para a Proquigel Química, do grupo Unigel, por 10 anos.

O aumento da produção de fertilizantes é uma meta do governo federal brasileiro, que pretende utilizar essa indústria como vetor para a demanda de gás.

Em relação à Braskem, a Petrobras informou recentemente que recebeu uma carta da Apollo Management X, L.P. e ADNOC International Limited com informações sobre a proposta não vinculante de aquisição da participação da Novonor na petroquímica.

A informação foi repassada à Petrobras, segunda maior acionista da Braskem e parte do acordo de acionistas. Além disso, as proponentes demonstraram interesse em discutir potenciais negócios com a Petrobras.

BAIXO CARBONO

A estratégia quinquenal da Petrobras também prevê o aprimoramento de seu parque industrial e cadeia de abastecimento e logística, buscando a autossuficiência em derivados de petróleo, com integração vertical, processos mais eficientes, melhoria dos produtos existentes e desenvolvimento de novos produtos em direção a um mercado de baixo carbono.

Ao mesmo tempo, a empresa pretende atuar de forma integrada na operação e comercialização de gás e energia, otimizando o portfólio e agregando fontes renováveis.

A Petrobras destacou que planeja destinar entre 6% e 15% de seu capex quinquenal para operações de baixo carbono.

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