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A visão otimista da BYD sobre o Brasil como um centro de produção e exportação de veículos elétricos

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A visão otimista da BYD sobre o Brasil como um centro de produção e exportação de veículos elétricos

A empresa chinesa Build Your Dreams (BYD), fabricante de baterias solares e veículos elétricos (EVs), anunciou no início deste mês que investirá 3 bilhões de reais (US$ 620 milhões) para construir três fábricas de VEs no complexo de Camaçari, a 50 km de Salvador, em estado da Bahia.

As plantas produzirão carros, caminhões e chassis de ônibus, além de processar lítio e fosfato de ferro, e devem começar a operar no segundo semestre de 2024.

Animado com as vendas no Brasil, o diretor de relações institucionais da BYD, Marcello Schneider, fala à BNamericas sobre o projeto.

BNamericas: Por que a BYD decidiu estabelecer as fábricas de VEs no Brasil? Quais as vantagens que o país oferece?

Schneider: A BYD vê o mercado brasileiro como líder na América Latina e com enorme potencial de transformação para uma economia verde e sustentável. Por isso, anunciou recentemente o plano de construção do complexo de Camaçari, composto por três unidades fabris, uma das quais produzirá carros híbridos e elétricos [com capacidade estimada de 150 mil unidades por ano na primeira fase, podendo chegar a 300 mil/ano posteriormente], tornando-os mais acessíveis ao mercado. A segunda será dedicada à produção de caminhões elétricos e chassis de ônibus, e a terceira ao beneficiamento de fosfato de lítio e ferro, que atenderá o mercado externo, utilizando a estrutura portuária existente no local.

Durante a recente visita do presidente Lula à China, recebemos indícios do empenho dos diversos órgãos governamentais – federal, estadual e municipal – no incentivo à eletrificação, seja com incentivos fiscais, investimentos em estrutura de recarga ou aquisição de frotas. É importante que os incentivos não sejam apenas para a indústria, mas também para o consumidor brasileiro.

BNamericas: Quais são as previsões de vendas para os primeiros anos?

Schneider: Estamos otimistas com as vendas no Brasil. Nosso modelo recém-lançado, o Dolphin, vendeu 1 mil unidades em menos de cinco dias, um recorde na história dos carros elétricos no Brasil.

Em junho de 2023, a BYD vendeu 253.046 veículos eletrificados para o mercado global, um aumento ano a ano de 88,2% em comparação com o ano anterior.

A BYD é a maior fabricante de veículos elétricos do mundo, com mais de 4,6 milhões de carros movidos a nova energia vendidos.

BNamericas: Qual é o custo médio de produção de um carro elétrico da BYD? A empresa tem meta de reduzir esse custo nos próximos anos?

Schneider: O custo de um carro elétrico depende muito do tamanho e da tecnologia empregada. Mas não podemos divulgar os números da nossa estratégia comercial.

BNamericas: Qual será o montante local de carros? O que virá da China e o que será de fato produzido no Brasil?

Schneider: A unidade que produzirá carros híbridos e elétricos terá capacidade estimada de 150 mil unidades por ano na primeira fase. Todos os detalhes da produção continuam sendo planejados por nossas equipes no Brasil e na China.

BNamericas: O Brasil pode se tornar um hub de exportação de VEs no futuro, seja para a América Latina ou para outras regiões do mundo?

Schneider: Ao instalar seu primeiro complexo industrial no país, a BYD Brasil se preocupa em manter instalações que direcionem suas operações para o exterior; criando produtos que não emitem poluentes, projetados e executados com tecnologia de ponta e alto investimento em pesquisa e desenvolvimento, sempre em um ambiente de trabalho agradável e confortável para funcionários, fornecedores e visitantes.

O plano é que, além do Brasil, os veículos fabricados aqui também possam ser exportados para os países vizinhos.

BNamericas: Por que o plano de produzir lítio e fosfato?

Schneider: A BYD produz baterias usando fosfato de lítio e ferro, e é importante encontrar diversas fontes de matérias-prima para abastecer as linhas de produção. Os módulos de fosfato de ferro e lítio têm excelente segurança, longa vida útil, bom desempenho de temperatura e alta densidade de energia. Eles também são econômicos e não poluentes.

BNamericas: A BYD pretende desenvolver projetos de PD&I na área de mobilidade elétrica no Brasil? Estão previstos investimentos?

Schneider: A BYD está sempre pronta para inovar no campo das soluções de mobilidade elétrica. Sabemos captar energia, armazená-la e utilizá-la nos nossos veículos. Além de construir as fábricas, queremos trazer nossa tecnologia e desenvolver centros de pesquisa e desenvolvimento de produtos também no Brasil.

BNamericas: Além de carros, ônibus e caminhões, a empresa pode produzir outros tipos de veículo elétrico aqui?

Schneider: Hoje, a produção da BYD já inclui ônibus elétricos e painéis fotovoltaicos em Campinas, no estado de São Paulo, e uma fábrica de baterias para veículos elétricos em Manaus, no Amazonas. A empresa também tem projetos de monotrilho no Brasil.

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