ANI: ‘Colômbia é o principal mercado de infraestrutura da América Latina’

O governo de Iván Duque encerrará seu mandato em agosto com um importante legado de infraestrutura por meio dos programas 4G e 5G, que estão mudando a cara da Colômbia.

Com as obras 5G, a Colômbia optou pelo multimodalismo, já que estão incluídos sete rodovias, quatro aeroportos, dois projetos de navegabilidade e uma iniciativa ferroviária.

BNamericas conversou com o presidente da Agência Nacional de Infraestrutura (ANI), Manuel Felipe Gutiérrez, sobre o estado em que ficarão essas obras.

 

BNamericas: Como está a infraestrutura colombiana no momento, dado o desenvolvimento das obras 4G e 5G?

Gutiérrez: Estamos vivendo uma revolução muito importante em termos de infraestrutura. Nos últimos quatro anos conseguimos executar quase 30 bilhões de pesos [US$ 7,6 milhões] em obras; isso nunca havia sido feito na infraestrutura da Colômbia e, como consequência, estamos vendo a conclusão de obras muito importantes que estão modernizando a infraestrutura do país como nunca.

Nos últimos 10 anos, na Colômbia, foi feito mais do que em toda a história republicana do país.

BNamericas: Até que ponto o 4G progrediu e até onde irá até agosto, quando o atual governo terminar?

Gutiérrez: Na infraestrutura 4G, vamos atingir cerca de 75% do andamento médio das obras, o que significa 30 bilhões de pesos.

No total, este governo terá executado cerca de 37,5 bilhões de pesos, dos 50 bilhões do programa, o que significa que muitos projetos estarão concluídos, e os restantes, esperamos que estejam em andamento.

BNamericas: Até que ponto o 5G progrediu e quais trabalhos serão concedidos até agosto?

Gutiérrez: Em 5G, já fizemos as primeiras concessões: Accesos Cali-Palmira, ALO Sur e Accesos Norte 2.

Nas próximas semanas, vamos vamos conceder Troncal del Magdalena I, Troncal del Magdalena II, estrada Buga-Buenaventura, Canal del Dique e o projeto de navegabilidade do rio Magdalena.

Em 5G, a obra mais emblemática que será concedida é o Canal del Dique, que é um projeto de mudança climática e não apenas um projeto de transporte.

BNamericas: Qual é o estado dos projetos de novos aeroportos e expansões?

Gutiérrez: Cada projeto está em diferentes etapas. Para os aeroportos de Cartagena, San Andrés e Cali esperamos deixar os processos no procedimento estabelecido para contratação em iniciativas privadas.

BNamericas: Quais projetos estarão prontos para iniciar a construção quando o novo governo começar?

Gutiérrez: Após a assinatura do contrato de concessão, demora cerca de um ano para iniciar as obras.

A primeira obra a iniciar a construção será o acesso Cali-Palmira, a partir do segundo semestre do ano, e as demais um ano após as respectivas premiações.

BNamericas: Quais são os desafios futuros em termos de infraestrutura para a Colômbia?

Gutiérrez: Na infraestrutura, os desafios são permanentes e a modernização é uma constante. O maior desafio é continuar com o processo de modernização ocorrido no país para que a Colômbia possa ser um país desenvolvido nas próximas décadas.

BNamericas: Como está o financiamento para os vários projetos agora? O processo eleitoral o atrasou?

Gutiérrez: Não. Continua fluindo normalmente. De fato, acabamos de anunciar o fechamento financeiro do projeto 4G Malla Vial del Meta.  

BNamericas: Como estão as oportunidades de negócios em infraestrutura na Colômbia, no momento?

Gutiérrez: A Colômbia é o principal mercado de infraestrutura na América Latina e no futuro esperamos que o crescimento e o desenvolvimento continuem.