
Como a Vale busca impulsionar suas operações de cobre e níquel

A Vale, uma das maiores produtoras de minério de ferro do mundo, vem tentando dar um maior foco às suas operações de níquel e cobre nos últimos meses.
Como parte desse processo, a empresa busca reestruturar sua unidade de metais básicos, separar-se de sua divisão de minério de ferro e trazer um sócio a bordo. Já iniciou negociações para vender uma participação minoritária na área, que inclui minas de níquel no exterior, produção de cobre no Brasil, além de participações em operações de cobalto e outros metais.
A Vale espera um crescimento significativo na demanda de cobre e níquel no longo prazo em meio à transição energética e também quer que os investidores tenham mais clareza sobre o potencial dessa parte da empresa.
Felipe Volcato Ruppenthal, analista sênior de equity research e especialista no setor de mineração da casa de investimentos Eleven Financial Research, conversa com a BNamericas sobre a iniciativa da Vale.
BNamericas: O que a possível entrada de um investidor, com novos recursos, significa para os negócios da Vale na área de metais básicos?
Ruppenthal: A Vale é uma grande geradora de caixa, com recursos abundantes.
O diferencial de um [novo] investidor se dará muito mais pelo seu conhecimento do negócio de metais básicos, do que pelos novos recursos que entrarão na companhia.
Pelos últimos pronunciamentos, vemos que é isto o que a Vale busca: um parceiro que a ajude a melhorar sua operação de metais básicos e a levar para outro patamar. A entrada de um sócio irá também ajudar a melhor precificar essa unidade dentro da Vale, destravando um valor importante e precificando melhor a companhia.
BNamericas: Uma vez concretizada a entrada de um novo investidor, a empresa irá acelerar seus planos de investimento para aumentar a produção de cobre e níquel?
Ruppenthal: Sim. A empresa deve acelerar os investimentos nessa unidade, eleita para ser o veículo de crescimento da companhia, com um crescimento composto [compound annual growth rate, ou CAGR] de dois dígitos para os próximos anos.
BNamericas: Uma vez que um investidor minoritário entrar na divisão, você acredita que a empresa seguirá com seus planos de fazer um IPO dessa unidade, captando ainda mais recursos? Se sim, por quê?
Ruppenthal: Acredito que, com a entrada de um investidor, em um primeiro momento, os planos de um IPO da unidade devem ser adiados ou avaliado em conjunto com o novo investidor para calcular a necessidade de capital exigida para alçar a unidade a novos patamares e atender o plano de crescimento da unidade.
BNamericas: Em apresentações recentes com analistas, executivos da Vale tem dito que veem possibilidade de, no longo prazo, a área de metais básicos ser a maior unidade de negócios da empresa. Você considera essa previsão realista?
Ruppenthal: A unidade de metais básicos se tornar a maior unidade dentro da Vale depende bastante dos preços dos metais básicos, e isto é muito cíclico e difícil de prever, além de uma melhora substancial na eficiência da operação e, provavelmente, de um prazo bastante longo.
Em termos de quantidade, é muito difícil de superar a produção de minério de ferro – hoje em 307 milhões de toneladas por ano – versus a produção de 4 milhões de toneladas por ano de metais básicos de negócios básicos.
BNamericas: Em termos de receita líquida, seria então possível superar, uma vez que cobre e níquel têm maior valor agregado?
Ruppenthal: Hoje, a receita de minério de ferro corresponde a 79% do total e seu Ebitda a 94% do total da companhia, e possui também margem Ebitda bastante superior a metais básicos: 48% versus 18% no terceiro trimestre de 2022 [dado mais recente divulgado pela empresa].
Realizando um exercício a preços e margens constantes, com um crescimento anual de 0,5% em minério de ferro e 15% em metais básicos, ainda sim, em 20 anos o Ebitda de metais básicos chegaria a 26% do total e seria 64% inferior ao Ebitda da unidade de minério de ferro.
Então, deduzimos que a questão de preços dos metais básicos e melhora de eficiência na operação é essencial para se tornar a unidade mais representativa dentro da Vale.
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