
Nas alturas: o otimismo da CHC Helicopter para o setor de apoio aéreo offshore no Brasil

Uma das principais prestadoras de serviços de apoio aéreo offshore do mundo, a CHC Helicopter (Canadian Helicopter Company) enxerga um mercado em recuperação no Brasil, com redução da ociosidade de aeronaves.
Em janeiro, a empresa assinou cinco contratos com a Petrobras para o transporte offshore de passageiros e pequenas cargas para a bacia de Campos durante os próximos quatro ou cinco anos.
Resultantes de uma licitação realizada em agosto de 2022, os projetos deverão começar no segundo semestre deste ano.
Em entrevista à BNamericas, o diretor de vendas para as Américas da CHC do Brasil, Carlos Madaleno, analisou o cenário local, onde a Petrobras e petroleiras privadas demandarão novas contratações neste e nos próximos anos.
BNamericas: Quantas aeronaves a CHC tem contratadas atualmente no Brasil? Quantas delas estão com a Petrobras?
Madaleno: Temos quatro aeronaves contratadas, além das cinco que ganhamos recentemente. Esperamos começar os contratos novos entre julho e agosto. Temos também um contrato com a Equinor, mas ele está associado a uma campanha exploratória e deve terminar antes do início dos contratos com a Petrobras.
BNamericas: São sempre helicópteros ou há também asas fixas?
Madaleno: Sempre helicópteros, asas rotativas.
BNamericas: Quais as perspectivas de crescimento da empresa em 2023?
Madaleno: A CHC é uma empresa global, com sede em Dallas, nos EUA, e atuamos em todas as partes do mundo, com diferentes tipos de serviços, como oil and gas crew change [troca de tripulação] e search and rescue [busca e resgate]. Neste último caso, fora do Brasil. Aqui as forças armadas são responsáveis diretamente por essa atividade.
Outra frente em que também estamos atuando muito é a de expansão, nas Américas, dos serviços de apoio aéreo a projetos de eólicas offshore.
Em se tratando de Brasil, vemos como um mercado em recuperação da crise vivida nos últimos anos, quando houve uma diminuição de campanhas offshore, em meio à pandemia de Covid-19. Vemos o mercado em uma ascendente neste e nos próximos anos, com demanda por novas aeronaves.
BNamericas: As petrolíferas privadas tendem a aumentar os serviços com a empresa?
Madaleno: Não somente na CHC, mas no mercado em geral. A Petrobras vai continuar, por muitos anos, como protagonista, mas vemos uma participação cada vez maior de empresas que assumiram ativos da Petrobras, como PRIO, Trident Energy e Perenco, além do aumento das atividades de grandes petroleiras como Shell e Equinor.
BNamericas: A alta dos preços dos combustíveis têm afetado os negócios da CHC? Como a empresa tem lidado com isso?
Madaleno: A Guerra da Ucrânia vem trazendo um desafio para o mercado de supply chain [cadeia de suprimentos]. Não somente a parte de combustíveis, que sofre com a variação cambial, mas vemos também dificuldades para reposição de partes e peças por conta dos impactos sofridos pela cadeia de suprimentos. Isto vem sendo discutido de forma a minimizar os impactos.
BNamericas: A elevação das taxas de afretamento está entre as consequências desse cenário?
Madaleno: Hoje, os contratos licitados têm, por si só, sua correção monetária de inflação, mas o que vem acontecendo no mercado de afretamento é uma recuperação dos preços por conta da redução da capacidade ociosa de aeronaves.
BNamericas: Quais as modalidades de contratos mais utilizadas? Longo prazo ou spot?
Madaleno: Para a área de produção, a Petrobras costuma afretar por longo prazo, pois é um modelo mais atrativo, com duração de quatro ou cinco anos, por exemplo. No caso das privadas, depende do caso. Para contratos de ativos de produção, pode haver contratos de longo prazo, de dois anos. Para campanhas exploratórias, são contratos mais curtos, de seis meses, por exemplo.
Com a redução da capacidade ociosa, as campanhas de curta duração se tornam mais desafiadoras para as empresas de apoio aéreo. Já não se vê mais uma disponibilidade tão rápida no mercado de aeronaves.
BNamericas: O Brasil tem ativos de E&P isolados, tanto no offshore, a mais de 200 quilômetros da costa, como no onshore, em meio à selva amazônica, por exemplo. As aeronaves da CHC demandaram adaptações para realizar essas viagens?
Madaleno: A licitação já chega com um requisito técnico bem robusto para a aeronave estar pronta para atender a todas as distâncias, inclusive com capacidade de segurança superior ao mínimo requerido.
As máquinas que estão aqui têm tecnologia de ponta. A distância não é um problema hoje. O mercado atua com modelos pequeno e médio, no onshore, e supermédio e grande no offshore. As máquinas no offshore são, geralmente, das fabricantes Sikorsky, Leonardo e Airbus, que também atuam no onshore.
BNamericas: Os helicópteros sempre levam passageiros ou há casos em que transportam somente materiais, combustíveis ou outros bens?
Madaleno: Há casos em que transportam apenas carga ou enfermos, nos voos sanitários.
BNamericas: O desenvolvimento de novas tecnologias de drones pode gerar transformações no apoio aéreo offshore? Existe a possibilidade de aeronaves não tripuladas?
Madaleno: Vemos cada vez mais as novas tecnologias chegando. Não tenho dúvidas que drones vão chegar para complementar, mais que substituir – realizando atividades de inspeção, por exemplo. Aeronaves não tripuladas talvez cheguem em um prazo mais longo.
O apoio aéreo offshore é um mercado bem complexo e demandante do ponto de vista de segurança. Portanto, as pessoas têm que ter alta capacitação técnica, e este é um desafio extra: capacitar mais pilotos, mecânicos, a fim de assimilar todo esse crescimento que esperamos estar por vir.
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