
No caminho certo: Marcopolo aproveita o momento ferroviário da América Latina para alinhar mais licitações

A Marcopolo Rail, a unidade de veículos leves sobre trilhos da fabricante brasileira de ônibus Marcopolo, planeja expandir sua atividade na América Latina, uma vez que vê o crescimento do setor ferroviário e o número de passageiros perto de retornar aos níveis pré-pandemia.
A empresa já assinou alguns novos contratos na região no ano passado e está em busca de mais licitações este ano.
Em maio, assinou contrato com o consórcio Aerogru para o fornecimento dos trens que farão parte do sistema que liga o maior aeroporto do Brasil, Guarulhos, no estado de São Paulo, com a linha urbana 13, e em dezembro de 2022, ganhou um contrato para fornecer três formações de dois carros de seu modelo Prosper para a empresa chilena EFE Trenes de Chile.
Petras Amaral Santos, head da Marcopolo Rail, fala com a BNamericas sobre os planos e expectativas da empresa para o segmento de transporte de passageiros.
BNamericas: Como a Marcopolo Rail está organizada atualmente? O que a empresa produz agora e qual é a sua capacidade de produção?
Santos: A Marcopolo Rail é a unidade de negócios especializada no desenvolvimento e produção de ferrovias [veículos e equipamentos] do grupo Marcopolo.
Produzimos unidades múltiplas, carros de passeio e baús para sistemas de transporte de passageiros, bondes e TUEs [trens-unidade elétricos], além de contar com uma divisão de projetos especiais para manutenção e modernização dos sistemas existentes. Atualmente, nossa capacidade de produção é adequada para nossos pedidos e demanda do mercado.
BNamericas: Falando especificamente sobre o mercado brasileiro, quais regiões do país oferecem maior potencial de negócios para vocês?
Santos: Temos condições de atender as diversas regiões do país e vemos que o Brasil tem possibilidades de ampliar consideravelmente o acesso ao sistema metroferroviário.
Dados mostram que as ferrovias associadas à associação nacional dos transportadores ferroviários, ANTF, investiram mais de R$ 85 bilhões entre 1997 e 2021.
Em 2021, foram 3.297 locomotivas circulando no país. O número de empregos também aumentou e mais de 41 mil profissionais estão atuando no setor. Os dados reforçam o bom momento do mercado ferroviário brasileiro.
BNamericas: Em relação ao potencial de mercado fora do Brasil, em quais países a Marcopolo vê maior potencial de negócios? Você pode mencionar algum projeto ou iniciativa específica nesses países?
Santos: Estamos sempre atentos aos movimentos internacionais relacionados ao segmento ferroviário. Temos oportunidades reais de expandir nossa atuação pelo mercado latino-americano, com participação em licitações, como é o caso do nosso recente anúncio, em dezembro de 2022, sobre o fornecimento de três formações de trens de dois vagões para a EFE Trenes de Chile, empresa pública responsável pela gestão da rede ferroviária chilena.
Em maio de 2022, também assinamos o contrato de fornecimento dos trens que serão utilizados no sistema de movimentação de pessoas do aeroporto internacional de Guarulhos com o consórcio Aerogru.
BNamericas: Qual a projeção da Marcopolo Rail para investimentos em 2023?
Santos: A empresa não divulga investimentos futuros, mas o que posso compartilhar é que, assim como a Marcopolo SA, que é uma empresa brasileira com forte presença no Brasil e no exterior, a Marcopolo Rail também trabalha para expandir sua atuação nos mercados nacional e internacional, pela expertise mercadológica de nossa matriz e, principalmente, pela capacidade de adaptação dos veículos às diferentes condições e exigências de cada país.
BNamericas: A Marcopolo Rail responde hoje por qual proporção do faturamento do grupo Marcopolo e, na sua opinião, a quanto pode chegar nos próximos anos?
Santos: Assim como as outras unidades de negócios da empresa, fazemos parte de um grupo geral e não discriminamos proporções de receita separadamente. O que podemos dizer é que os novos modais [de material rodante], incluindo os veículos produzidos pela Marcopolo Rail, são essenciais para o crescimento da empresa, com maior diversidade de ofertas de mobilidade e transporte coletivo de passageiros.
BNamericas: Temos visto uma maior demanda mundial por medidas mais ecológicas, uso de energias renováveis. Como essas mudanças afetaram a indústria de transporte urbano? Você vê as grandes cidades mudando as matrizes de transporte urbano para outras mais verdes? Que tipos de veículos/modelos provavelmente ganharão mais força nesse cenário e quais tenderão a perder espaço?
Santos: Na Marcopolo S.A. há um foco na sustentabilidade veicular. Diante desse contexto, a Marcopolo Rail também busca soluções para ampliar a produção de veículos, com foco em produtos mais eficientes e com menor emissão de gases poluentes.
Temos investido em parcerias tecnológicas e em breve teremos novas opções de propulsão, incluindo versões híbridas e elétricas.
BNamericas: O setor de mobilidade urbana, tanto no Brasil quanto no exterior, foi um dos mais impactados pelos efeitos da pandemia devido à queda no número de passageiros. O volume de passageiros já se recuperou para a pré-pandemia ou, se não, quanto tempo levará?
Santos: Entendo que a recuperação econômica e o retorno dos passageiros às ruas ajudam a produzir perspectivas positivas para o setor de transporte de passageiros e para o transporte ferroviário.
No caso das operações ferroviárias, os níveis pré-pandêmicos serão atingidos em quase todos os países em 2023. Também temos uma perspectiva positiva em relação aos investimentos em modais de transporte público de alta capacidade para os próximos anos.
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