
O desafio de instalar o “coração” de uma linha de metrô
A linha 7 do metrô de Santiago está em construção há quase um ano no Chile, mas foi só em janeiro que o contrato para um componente-chave do projeto de US$ 2,5 bilhões foi fechado: o centro de operações, ou o coração do sistema.
A empresa escolhida foi a Thales, que, além de instalar o centro de operações, ficará responsável por sua manutenção por 10 anos a partir da entrada em operação da linha, prevista para 2027.
Para falar mais sobre a relevância deste centro para o projeto em geral, bem como suas características, a BNamericas conversou com Susana Gonçalves, gerente-geral da Thales International Chile.
BNamericas: Que desafios específicos um projeto como o da linha 7 apresenta para a instalação de um centro de controle de operações?
Gonçalves: Um grande desafio será implantar a nova geração do sistema de supervisão, controle e aquisição de dados [Scada], atualmente em desenvolvimento na França. A arquitetura dessa nova geração será hospedada na nuvem, o que implica cumprir com os padrões internacionais de segurança cibernética e, assim, proteger o serviço e os passageiros.
O Scada terá uma melhor representação gráfica, o que vai melhorar a tomada de decisão por parte dos operadores e agilizar a implementação, colocando em prática essa nova versão no centro de controle de operações de maneira mais simples e ágil.
Outro grande desafio que estamos vendo é a profundidade das estações, de até 45 metros. Em palavras simples, isso significa passar muitos cabos da sala técnica, que geralmente fica no nível da plataforma, até o acesso.
Estamos trabalhando nos projetos com a tecnologia BIM [de modelagem de informações da construção], que permite modelar em 3D os equipamentos que vamos instalar nas estações.
A grande vantagem dessa tecnologia é poder antecipar qualquer defeito de integração entre os diferentes sistemas e garantir que na obra civil tenhamos a tubulação adequada. Por outro lado, dada a magnitude do projeto, haverá um maior número de serviços auxiliares a fiscalizar, como elevadores, escadas rolantes, energia, sensores de fumaça, etc.
BNamericas: Vocês já pensaram na possibilidade de participar de projetos futuros no metrô de Santiago, como as linhas 8 e 9?
Gonçalves: Sim, com certeza esperamos participar das licitações. Ter uma equipe consolidada para todas as linhas nos leva a buscar outras instâncias de colaboração com o Metrô, que tem contado com o avanço de nossas tecnologias, tanto no centro de controle de operações [OCC] quanto no sistema de controle de trens baseado em comunicações [CBTC].
BNamericas: Em relação aos centros de controle de operações para estações de metrô, quais funções estão se tornando mais relevantes? Eficiência energética, acesso à Internet para os usuários, segurança ou outros fatores?
Gonçalves: Em termos gerais, os centros de controle apontam para uma maior eficiência energética e segurança. Para a Thales, isso implica, por exemplo, ter uma estratégia adequada na dinâmica de tração e frenagem, calcular a velocidade ideal de condução, entre outras funções.
Pensando no caso particular da nova linha 7, o Scada baseado na nuvem terá uma melhor representação gráfica para ajudar a melhorar a tomada de decisão por parte dos operadores e garantir maior agilidade na implementação, atendendo aos padrões internacionais de cibersegurança.
BNamericas: O centro de controle de operações é fundamental para o sucesso da linha 7, de modo geral?
Gonçalves: Se fizéssemos uma analogia, o OCC seria o mesmo que o coração de um ser humano ou qualquer outro órgão vital, desde que seja necessário para a realização do serviço. Ele é responsável pelo controle e supervisão de diversos serviços auxiliares, como elevadores, escadas rolantes, iluminação, ventilação e energia, entre outros equipamentos.
Além disso, é composto por um sistema de lógica de tração que garante que a energização e a desenergização da linha sejam seguras.
O Scada também conta com um subsistema de controle de acesso e intrusão, que monitora o fluxo de pessoal autorizado nas estações e oficinas da linha, proporcionando maior segurança à operação.
Por fim, em caso de emergências graves, o OCC – através do seu sistema de backup – permite assegurar a supervisão da linha. Vale destacar que, na futura linha 7, será instalada a última geração do OCC, tecnologia que também estará presente em outras três cidades ao redor do mundo.
BNamericas: Em que outros projetos de mobilidade no Chile a Thales está envolvida?
Gonçalves: Além do foco em projetar, construir e instalar o centro de controle de operações da linha 7 do Metrô e manter o abastecimento operacional em todas as linhas da malha estadual – L1, L2, L3, L4, L4A, L5, L6 –, também estamos trabalhando na extensão da linha 3, onde ampliaremos a supervisão e o comando das três novas estações que vão para [o município de] Quilicura.
Outro projeto em andamento é a extensão da linha 2, onde reformamos o centro de controle, incluindo o painel de controle óptico, a placa de corte da lógica de tração, o Scada de tração de tráfego e o programa de gerenciamento de tráfego (PGT). Este último projeto começou no final de 2019 e a data de lançamento está prevista para julho deste ano.
Por outro lado, existe o projeto de reforço da segurança nas estações das linhas 3 e 6, com a supervisão e o comando de novos controles de acesso e sistemas de intrusão.
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