
Schneider Electric quer estar presente em projetos de hidrogênio em estágio de concepção

A transição energética está abrindo oportunidades no setor elétrico, desde redes de transmissão e distribuição até veículos elétricos e usinas de hidrogênio verde.
As redes de distribuição do Chile, por exemplo, precisarão de reformas para apoiar o crescimento da adoção de carros elétricos que, de acordo com uma lei promulgada recentemente, poderão injetar eletricidade de volta na rede.
A demanda por eletrolisadores, necessários para produzir o hidrogênio verde que será consumido diretamente e também usado para fabricar derivados como e-metanol e amônia verde, também aumentará. O Chile abriga mais de 30 projetos de hidrogênio verde, alguns voltados para o mercado de exportação e outros para compradores locais.
Para saber mais sobre as oportunidades no Chile, a BNamericas realizou uma entrevista por e-mail com Mario Velázquez, presidente da unidade chilena da empresa francesa de soluções de gestão de energia Schneider Electric.
BNamericas: Parece que a transição energética do Chile vai gerar oportunidades para empresas como a Schneider Electric em eficiência energética, modernização da rede de distribuição e veículos elétricos, como ônibus, carros e veículos industriais. Qual é a sua opinião e quando poderíamos ver oportunidades concretas – ou isso já está acontecendo?
Velázquez: De fato, a transição energética está gerando inúmeras oportunidades para empresas em áreas em que não estávamos envolvidos até alguns anos atrás. A eficiência energética é uma delas e, no caso da Schneider Electric, temos produtos e soluções, como o EcoStruxure Power, que permitem que as organizações aumentem sua eficiência operacional, reduzam custos com eletricidade e cumpram normas estabelecidas.
No que diz respeito à eletromobilidade, atualmente temos o EcoStruxure, que oferece as soluções mais confiáveis para possibilitar a transformação digital da indústria automotiva e desenvolver uma experiência de carregamento inteligente a qualquer hora e em qualquer lugar. Nosso objetivo é oferecer uma contribuição para as pessoas e empresas em termos de eletromobilidade, promovendo o cuidado com o ambiente, assim como em tudo o que fazemos.
No segmento de distribuição, nossa área de especialização, oferecemos diferentes soluções de distribuição de eletricidade para que nossos parceiros e clientes aumentem sua produtividade ao mesmo tempo em que otimizam seu orçamento, porque os nossos serviços são abrangentes. Eles cobrem todo o ciclo de vida dos ativos de equipamentos de distribuição elétrica, ajudando a melhorar a eficiência, reduzir o tempo de inatividade e diminuir os riscos de segurança e custos.
BNamericas: O governo chileno está trabalhando em um plano de curto prazo para promover os veículos elétricos. Hoje, uma barreira significativa para a adoção generalizada são os altos preços desses veículos. Mas, em termos de infraestrutura elétrica associada, quais são os investimentos necessários para apoiar e viabilizar a expansão deste segmento?
Velázquez: A eletromobilidade, para ter sucesso, requer esforço de todos os setores envolvidos. Não basta apenas que as marcas de veículos tragam modelos elétricos para o país, é preciso que as empresas também se comprometam a fazer essa realidade funcionar. No caso do Chile, ainda há muito investimento a ser feito para disseminar essa tendência, que é uma força do bem para o planeta. Faltam postos de carregamento tanto em Santiago como no resto do país, mas o mais importante é que falta conhecimento e educação, porque a maioria das pessoas não sabe carregar um veículo elétrico, não sabe se pode fazer isso em casa ou o quanto aumentaria o gasto com eletricidade.
BNamericas: Qual é a sua opinião geral sobre o hidrogênio verde?
Velázquez: Por enquanto, na Schneider Electric Chile não fazemos parte de nenhum projeto de hidrogênio verde. O mundo precisa se descarbonizar rápido, e o hidrogênio terá um papel importante na descarbonização no futuro. Da mesma forma, a eletrificação é uma maneira de atingir a meta de 1,5 °C e pode funcionar junto com a proliferação do hidrogênio verde.
Se olharmos do ponto de vista da engenharia, tudo gira em torno da eficiência do processo, e, para produzir hidrogênio, é preciso gerar eletricidade.
É preciso ser simples. Quer dizer, o simples funciona porque é mais eficiente e a outra opção exige muita engenhosidade.
Francamente, quando olho para o custo das energias renováveis, vejo o valor de armazenamento de uma bateria. Então, não há dúvida de que a eletricidade está em toda parte e que nosso futuro será elétrico.
BNamericas: A matriz da empresa está trabalhando com um fabricante de eletrolisadores. Qual é o propósito dessa colaboração e quais seriam os benefícios para a Schneider Electric?
Velázquez: Um eletrolisador é um dispositivo que permite a produção de hidrogênio por meio de um processo químico (eletrólise). É um complemento importante do lado da oferta na área de geração, já que na Schneider Electric temos produtos e soluções voltadas para eletricidade, transmissão, distribuição e proteção – e esses eletrolisadores fazem parte da geração de energia.
A vantagem desta “parceria” é que, com ela, poderemos ter informações privilegiadas sobre projetos de H2. Além disso, ela permite que tenhamos acesso a equipes importantes para aumentar nosso portfólio.
Para a Schneider Electric, é fundamental estar presente desde o início em projetos desse tipo, uma vez que isso nos dá a oportunidade de oferecer uma solução conectada completa como a nossa plataforma EcoStruxure, além de estar presente na gestão de processos, monitorando com nossos parceiros estratégicos Aveva.
Os eletrolisadores, para efeito de comparação, serão os futuros transformadores, que hoje orientam a decisão de compra de um projeto completo.
BNamericas: Aspectos ambientais, sociais e de governança, ou ESG, fazem parte da estrutura da sua empresa. Quais são as iniciativas da Schneider nessa área? Com certeza a Schneider vê valor nessa estratégia. Você acha que, hoje em dia, as empresas chilenas com planos de crescimento de longo prazo, aconteça o que acontecer, devem adotar e implementar uma estratégia ESG?
Velázquez: Para nós, da Schneider Electric, é fundamental adotar os critérios ESG com responsabilidade, e eles fazem parte do nosso DNA. Na verdade, fomos classificados recentemente como os melhores do nosso setor por três importantes provedores de classificação ESG. Esse reconhecimento incluiu o primeiro lugar entre as empresas de equipamentos e componentes elétricos na Avaliação de Sustentabilidade Corporativa 2022, realizada pela renomada agência de rating S&P Global; o primeiro lugar no setor de Eletrônicos & Equipamentos pela Vigeo Eiris, a principal agência europeia de rating ESG da Moody’s; e A na lista de 2022 de empresas reconhecidas como líderes em transparência e ações ambientais compilada pelo CDP [organização sem fins lucrativos de divulgação de impacto ambiental].
Isso é muito relevante no contexto em que vivemos. Com esse tipo de reconhecimento, mostramos como é possível manter o foco no que mais importa: as pessoas, o planeta e o desempenho. Estamos comprometidos com o bem-estar de todos os nossos stakeholders – internos e externos – e, principalmente, com o bem-estar do planeta, pois todos somos parte importante na luta contra as mudanças climáticas.
No nível local, por exemplo, nossa fábrica de Santiago é certificada como net zero, ou seja, não emite carbono, reafirmando nosso compromisso com o meio ambiente. Além disso, trabalhamos em conjunto com diferentes organizações com foco social e firmamos alianças sólidas com o [instituto de formação técnica] Ceduc UCN, a Red Maestra [plataforma para mulheres na indústria da construção] e a Techo [instituição beneficente de habitação], por meio das quais até o momento ajudamos a treinar mais de 500 pessoas no Chile.
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