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As razões dos atrasos nos megaprojetos da Codelco

Bnamericas Publicado: quarta-feira, 01 fevereiro, 2023
As razões dos atrasos nos megaprojetos da Codelco

A mineradora chilena de cobre Codelco está em pleno funcionamento com seus megaprojetos nas divisões Chuquicamata, El Teniente, Andina e Salvador, como parte de seu esforço para aumentar a produção.

A produção da empresa no ano passado foi 172 mil t menor do que em 2021, principalmente devido a problemas de continuidade dos negócios, mas também a atrasos no projeto.

Como muitos projetos de mineração em todo o mundo, o andamento dos quatro projetos brownfield da Codelco foi afetado pela pandemia da Covid-19, inflação, baixa produtividade no setor de construção, atrasos de engenharia e processos lentos de aquisições, indicou Máximo Pacheco, presidente do conselho da estatal, em fórum organizado pelo Colégio de Engenheiros e pela associação sindical Voces Mineras.

Pacheco disse que a situação é preocupante com a estagnação que a mineração de cobre tem há 20 anos no Chile, com média de 5,5 milhões de toneladas (Mt) em um mundo onde se consomem 22 Mt e serão necessárias 7 Mt adicionais até 2030 para atender a demanda global de carbono zero.

A luta contra as mudanças climáticas obrigará a empresa a acelerar a busca por formas inovadoras de tornar sua produção mais eficiente, limpa e sustentável, indicou em uma coluna María José Ruiz, diretora de mudanças climáticas e produção responsável da Codelco.

“Estamos repondo as jazidas, porque em alguns anos, cerca de 75% da nossa produção dependerá dessas obras em construção”, disse Pacheco.

BNamericas examina os principais detalhes dos megaprojetos.

Chuquicamata (subterrânea)

Investimento: US$ 6,2 bilhões

Objetivo: Transformar a mina a céu aberto em operação subterrânea e estender sua vida útil em 40 anos. A produção deverá passar de 50 mil t/d (35% de sua capacidade) para 140 mil t/d.

Esse projeto localizado na região de Antofagasta contempla infraestrutura de acesso, ventilação, sistema de transporte de correias, britadores e uma nova área para iniciar a produção.

Desafios: A baixa disponibilidade de pessoal qualificado e conseguir um aumento gradual e sustentado da produção.

Status: Melhorias de projeto estão sendo implementadas, refinando os fatores de segurança e adequando a geomecânica.

El Teniente 

Investimento: US$ 5,600 milhões (custo excedente de 75%, em revisão).

Desafios: A construção de um novo nível no depósito subterrâneo localizado na região de O'Higgins começou em 2011, mas as complexidades geomecânicas paralisaram seu progresso até que, em 2017, o risco foi diversificado em três níveis: Andes do Norte (nível mais profundo), Diamante e Andesito.

Situação: Está 70% concluída até o momento, o que significa um atraso de um ano no início da produção.

Traspaso Andino

Investimento: US$ 1,7 bilhão (21% a mais que o orçamento original).

Objetivo: Mudar a orientação da mina a céu aberto para acessar minérios de alto teor e estender a exploração em 40 anos. Considera a construção de uma nova estação de britagem primária na cota 3.500 e um novo sistema de transporte de minério para a Usina Cordillera, para manter o atual nível de processamento.

Desafios: O desenvolvimento de infraestruturas em áreas subterrâneas nas altas montanhas que exigem um longo período de execução (nove anos).

Situação: Em fase final, poderá entrar em operação ainda este ano.

Rajo Inca

Investimento: US$ 1,4 bilhão (em análise).

Objetivo: Abrir uma mina a céu aberto, otimizar o desempenho do concentrador e estender a vida útil em Salvador em 47 anos, para substituir o fechamento da mina subterrânea que foi concluído neste mês, após 63 anos de operação.

Desafios: A situação crítica de empreiteiros e fornecedores de equipamentos de mineração devido às tensões na cadeia de suprimentos global que, além da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, são causadas pelo aumento das restrições financeiras e de combustível nos mercados globais.

Status: Está 16 meses atrasado em relação ao cronograma inicial e 43% concluído até o momento. A produção começaria no primeiro semestre de 2024.

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