
Mineradoras do México reduzem dependência de geradores a diesel

As empresas de mineração no México estão implementando medidas para eliminar os geradores a diesel usados para alimentar suas operações como parte de um esforço mais amplo para reduzir as emissões de gases do efeito estufa (GEE).
Embora a maioria das mineradoras do país compre eletricidade para abastecer suas usinas e outras instalações, algumas delas, cujos ativos não têm acesso à rede, dependem da energia de geradores a diesel.
Mas, com o foco crescente da indústria na descarbonização, as empresas estão mudando para alternativas com menos emissões e investindo em linhas de energia para se conectar a uma rede mais limpa.
A maioria das grandes mineradoras tem como meta zerar as emissões líquidas de carbono até 2050, em sincronia com as metas do Acordo de Paris de limitar o aquecimento global a menos de 2 °C.
Os geradores a diesel classe 2A produzem 977 g/kWh de dióxido de carbono, de acordo com pesquisas da UE. O número se compara aos 439 g/kWh da energia da rede no México, de acordo com a concessionária estatal de eletricidade CFE.
A transição de geradores a diesel para fontes alternativas de energia pode reduzir as emissões de carbono em até 90%.
GÁS NATURAL
Algumas mineradoras estão desativando os geradores a diesel e mudando para o gás natural.
A First Majestic Silver iniciou esse processo em 2016, quando adotou o gás natural liquefeito (GNL) em sua mina La Encantada, gerando economias significativas de custos e benefícios ambientais, disse o vice-presidente de desenvolvimento corporativo Todd Anthony à BNamericas.
Como resultado, os geradores foram implantados na mina Santa Elena, onde a capacidade de GNL está sendo expandida de 14 MW para 24 MW, o suficiente para abastecer a mina e a usina.
“A partir do final deste mês, não teremos mais geradores a diesel funcionando”, destacou Anthony.
O próximo passo é converter geradores a diesel de backup para o uso de GNL, inclusive na mina San Dimas, onde os geradores a diesel são usados na estação seca quando a energia hidrelétrica não está disponível, acrescentou.
A Altaley Mining também está tentando adotar a energia a gás natural em sua mina de ouro Tahuehueto (foto), atualmente em comissionamento, onde a energia da rede não está disponível (a mina polimetálica Campo Morado da empresa está conectada à rede).
“Assim que adquirirmos nossa licença de gás natural, passaremos para essa modalidade”, disse à BNamericas o CEO Ralph Shearing.
Espera-se que o licenciamento leve de 6 a 12 meses.
A empresa também está avaliando a possibilidade de complementar a geração com energia solar ou eólica, embora os requisitos de capital relativamente altos desta última tornem sua adoção improvável por um tempo.
LIGAÇÃO COM A REDE
A Alamos Gold também está deixando de utilizar geradores a diesel em sua mina de ouro Mulatos, no estado de Sonora, conectando-se à rede elétrica.
Esse trabalho foi adiado por causa da Covid-19, da disponibilidade de equipamentos e de mudanças regulatórias, segundo Rebecca Thompson, vice-presidente de relações públicas, em entrevista à BNamericas.
“A previsão é concluir o projeto no início de 2023”, disse ela.
A Alamos também está analisando a possibilidade de ampliar o uso de biocombustíveis nas operações como parte de sua meta de reduzir as emissões de gases do efeito estufa em 30% até 2030, anunciada no mês passado.
A Argonaut Gold também está em processo de mudança dos geradores a diesel para a energia da rede em sua mina San Agustín, no México, de acordo com o Relatório Anual e de Sustentabilidade de 2021 da empresa.
A companhia também registrou uma redução de 67% no uso de diesel na mina La Colorada ao mudar para energia alternativa no ano passado, segundo o relatório.
Outros detalhes não foram divulgados e a empresa não respondeu aos pedidos de comentários.
ESFORÇO PELA EFICIÊNCIA
Outras empresas estão concentrando esforços no uso eficiente de energia para reduzir as emissões.
A Agnico Eagle Mines usa geradores a diesel em sua mina La India, que, ao contrário do ativo Pinos Altos, não está conectada à rede.
“Na La India, a vida útil restante projetada para a mina hoje é relativamente curta e, portanto, não esperamos fazer investimentos significativos no momento para deixar de usar geradores a diesel”, informou a empresa em um comunicado.
“No entanto, como em Pinos Altos e todas as nossas outras minas, as equipes continuam trabalhando no local para aumentar a eficiência e reduzir o uso de energia, o que tem um impacto direto na redução de nossa pegada de GEE.”
A empresa tem o compromisso de zerar as emissões líquidas de carbono até 2050, mas os caminhos detalhados para isso ainda estão em desenvolvimento.
A intensidade média global de emissões de GEE da Agnico é de 0,37 t de dióxido de carbono equivalente por onça de ouro, em comparação com a média da indústria de 0,70 t, acrescentou a empresa.
LOCAIS REMOTOS
As minas Dolores e La Colorada da Pan American Silver estão conectadas à rede nacional e a energia é enviada por um fornecedor de energia 100% renovável.
A empresa usa um pequeno número de geradores a diesel para projetos e locais remotos em suas instalações, onde a conexão à rede é limitada, disse à BNamericas Siren Fisekci, vice-presidente de relações com investidores e comunicações corporativas.
“Estamos constantemente avaliando o custo/benefício de ampliar as conexões internas de energia para locais remotos em nossas minas e expandir as conexões de rede existentes para atender às demandas de expansão do projeto, a fim de reduzir ou eliminar a necessidade de geradores temporários a diesel”, afirmou Fisekci.
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