
O que se espera para o mercado latino-americano de fibra ótica em 2023?

O mercado latino-americano de fibra ótica passará por um crescimento dinâmico nos próximos quatro a cinco anos.
Espera-se que haja um aumento no investimento em fibra ótica este ano, após um 2022 turbulento, com planos afetados pelas condições macroeconômicas e por problemas nas cadeias de suprimentos.
“Os planos que as operadoras tinham [para 2022] não foram concretizados, não por problemas de capital, mas sim por outros recursos, como materiais. Acredito que essa tempestade que tivemos do final de 2021 até meados de 2022 está se acalmando, e 2023 tem uma perspectiva diferente”, explicou à BNamericas Eduardo Jedruch, presidente da unidade da Fiber Broadband Association (FBA) na América Latina, entidade que promove a implantação da fibra na região.
Os números mais recentes da FBA, do final de 2021, indicam que os 18 principais países da América Latina concentram 103 milhões de casas passadas com fibra (FTTH/FTTB), um crescimento interanual de 29% em relação ao mesmo período em 2020.
As assinaturas, por sua vez, cresceram 47%, chegando a 46 milhões, de acordo com o estudo realizado pelo SMC+ para a associação.
O número de assinantes por casas passadas está em 45% na América Latina, próximo da penetração de mais de 50% dos países desenvolvidos.
Barbados (92%), Uruguai (79%) e Equador (61%) se destacam em termos de penetração. Na outra ponta do ranking estão Panamá (19%), Porto Rico (21%) e Jamaica (22%).
A SMC+ projetava em novembro que 2022 terminaria com 112 milhões de casas passadas com fibra ótica e 56 milhões de assinantes.
Entre 2021 e 2026, espera-se que haja um crescimento anual composto de 8,9% no número de casas passadas e de 15,3% nas assinaturas. A penetração de conexões em casas passadas será de 59% até 2026.
Em termos de cobertura, estimava-se que, até o final de 2022, 65% dos lares latino-americanos estariam conectados com fibra ótica, ante 60% em 2021. Nos próximos anos, o número subirá para 91% até 2026.
Este ano seria encerrado com 128 milhões de casas passadas e 67 milhões de acessos de FTTH/FTTB.
Jedruch explicou que uma característica da atual implantação de fibra na América Latina tem a ver com a sobreposição das redes. “As operadoras neutras serão muitos importantes no futuro, mas essa sobreposição de áreas de cobertura com várias redes ainda está acontecendo”, acrescentou.
Os modelos de negócios de fibra ótica na América Latina ainda são muito sensíveis à densidade demográfica, o que faz com que os investimentos se concentrem nas áreas urbanas, enquanto os investimentos em áreas rurais são relegados a iniciativas em que o setor público pode contribuir.
O especialista indicou que o investimento é impulsionado por operadoras de cabo que buscam migrar seus clientes de redes híbridas HFC para fibra ótica e, em segundo lugar, por grandes empresas de telecomunicações que estão migrando seus clientes de cobre para fibra. Em terceiro apareceria o investimento das operadoras de rede neutras.
Recentemente, a operadora chilena Mundo anunciou que se tornou a primeira operadora a migrar todos os seus clientes de HFC para fibra ótica. Também no Chile, estão previstos investimentos em fibra ótica pela joint venture Claro-VTR.
No México, a operadora de cabo Megacable também tem um plano de investimentos de cerca de US$ 2 bilhões nos próximos 3 a 4 anos para expandir sua cobertura e migrar clientes de HFC para fibra.
Em termos de fibra para telecomunicações, a Claro Colômbia anunciou no ano passado um investimento de US$ 25 milhões para expansão da fibra ótica em 20 cidades.
No Peru, a Movistar, da Telefónica, planeja chegar a 2 milhões de casas passadas com fibra ótica até o final de 2022, já a Claro anunciou que tentará cobrir 50% dos lares peruanos com fibra até o final deste ano.
Se no passado era mais caro para a operadora migrar a tecnologia porque os usuários não entendiam totalmente os benefícios da fibra ótica, hoje são os clientes que exigem a fibra.
“As operadoras estão um pouco atrás da demanda”, comentou Jedruch.
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