Ativistas se movem para plebiscito de mineração perto de Quito

O conselho eleitoral do Equador validou mais de 206 mil assinaturas coletadas pelo coletivo Quito sin Minería, abrindo caminho para um plebiscito popular sobre a mineração de metais em Chocó Andino, área declarada reserva da biosfera pela Unesco.

Os resultados do plebiscito serão vinculativos.

Ivonne Ramos, da ONG Acción Ecológica, que apoia a campanha, disse em conferência que agora deve reunir o conselho eleitoral pleno para fazer a notificação oficial, após o que o órgão tem 60 dias para organizar o plebiscito.

Em Janeiro do ano passado, o Tribunal Constitucional deu luz verde à recolha de assinaturas.

No plebiscito, os eleitores serão questionados se concordam com a proibição da mineração artesanal de metais e da mineração de pequeno, médio e grande porte em Nono, Calacalí, Nanegal, Nanegalito, Gualea e Pacto.

Na área de Chocó Andino, as concessões de mineração estão em estágios iniciais de exploração, principalmente de ouro e cobre.

Em outro referendo realizado em fevereiro de 2021 em Cuenca, no sul do país, os moradores votaram pela proibição da atividade de mineração perto de fontes de água ou áreas de recarga de água.

Nesse caso, o tribunal observou que os efeitos não eram retroativos. No entanto, os promotores do processo sustentam que a Dundee Precious Metals não deve prosseguir com Loma Larga, um projeto de ouro e prata avaliado em US$ 323 milhões. A empresa canadense insiste que não está em áreas de recarga de água ou fontes de água.