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Brasil e Venezuela se comprometem a reatar relações bilaterais

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Brasil e Venezuela se comprometem a reatar relações bilaterais

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu seu homólogo venezuelano, Nicolás Maduro, em Brasília, em sinal de que as relações estão sendo retomadas.

“Temos pressa de retomar as relações com a Venezuela e toda a América do Sul. Nossos ministros têm que conversar mais, empresários dos dois países devem conversar mais, universidades devem falar mais de ciência e tecnologia”, declarou Lula após encontro com Maduro.

“É preciso que os empresários brasileiros voltem a investir na Venezuela e na América do Sul e restabelecer mecanismos auspiciosos de cooperação como já tivemos”

As relações bilaterais congelaram durante o governo Jair Bolsonaro.

“A gente tinha uma relação comercial que teve fluxo de praticamente US$ 6,6 bilhões e hoje tem pouco menos de US$ 2 bilhões. Isso é ruim para a Venezuela e é ruim para o Brasil”, acrescentou Lula.

A reaproximação também serviria à Venezuela, que lida com sanções impostas pelos EUA e países europeus.

“A Venezuela passou de uma arrecadação anual de US$ 56 bilhões por causa do petróleo para US$ 700 milhões […]. Ano passado, crescemos 15%, com uma economia na maior parte não dependente do petróleo pela primeira vez em 120 anos”, disse Maduro.

Mas a Venezuela também tem uma dívida de US$ 1 bilhão com o Brasil, que está vencida. A dívida decorre do financiamento de infraestrutura fornecido pelo BNDES. O Brasil vai recalcular a dívida e renegociar as condições de pagamento com a Venezuela.

Bolsonaro, por sua vez, disse à CNN: “vejo com tristeza essa aproximação com ditaduras. O atual governo não tem nenhum apreço pela democracia, fazendo isso. Essas pessoas [Nicolás Maduro] representam o que o Lula quer para o Brasil: povo sem liberdade […]. O que existe na Venezuela é uma ditadura silenciosa”.

Mário Sérgio Lima, analista político sênior da Medley Global Advisors, disse ao BNamericas que “no momento em que o atual governo brasileiro quer colocar o Brasil de volta no mapa geopolítico global, uma aproximação com os países apenas por motivos ideológicos e políticos não é a melhor opção.”

Também podem surgir problemas com o Congresso. “A aproximação de Lula com Maduro não é positiva em termos políticos. Em meio à turbulência doméstica e precisando vencer no Congresso em votações cruciais, a ação do governo é contraproducente”, afirmou à BNamericas André Pereira César, analista político da Hold Consultoria.

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