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Chilena Sonda estuda novas PPPs de fibra com estados brasileiros

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Chilena Sonda estuda novas PPPs de fibra com estados brasileiros

A integradora de sistemas chilena Sonda está prospectando novos contratos de parceria público-privada (PPP) com estados brasileiros, visando implantar anéis de fibra ótica semelhantes ao que a empresa está implantando no Mato Grosso do Sul.

“Não posso dar detalhes agora, mas posso confirmar que a Sonda irá avançar no assunto de outras PPPs. Nosso objetivo é fortalecer nossa presença por meio de PPPs em outros estados”, disse à BNamericas o CEO da Sonda Brasil, Ricardo Scheffer (na foto).

Conforme relatado pela BNamericas no ano passado, a Sonda venceu um contrato de PPP para implantar uma rede de fibra digital de 7 mil quilômetros e fornecer serviços relacionados no Mato Grosso do Sul, atendendo principalmente entidades públicas.

No valor de R$ 887 milhões (US$ 168 mi) ao longo de 30 anos, o contrato, que é o maior já obtido pela Sonda no Brasil e um dos maiores do grupo na América Latina, prevê entregas graduais ao longo do tempo. A própria rede de fibra deve estar pronta para uso até 2024.

“O projeto está indo de vento em popa. Estamos dentro do cronograma e avançando bem. Nossa expectativa é que consigamos entregar de maneira antecipada algumas porções”, acrescentou Scheffer.

Implantar a própria fibra é a parte mais simples do projeto. Isto ocorre porque a maior parte da rota de 7 mil quilômetros é de cabeamento aéreo, a ser implantado sobre os postes de luz já existentes e as redes de transmissão de duas concessionárias de energia locais – Elektro e Energisa.

Apenas uma pequena parte funcionará no subsolo, requerendo uma engenharia mais complexa.

No entanto, existem vários procedimentos relacionados às licenças que devem ser concluídos antes da implantação da estrutura, argumenta Scheffer.

“O desafio de implantação é muito grande. Ele envolve disponibilização de licença ambiental, acordos com as concessionárias de energia, entre outras aprovações. Mas as licenças ambientais estão bem encaminhadas. E o estado tem nos apoiado muito nesse processo.”

A Sonda já adquiriu a fibra, bem como todos os componentes ópticos e demais estruturas necessárias para o projeto, embora os custos não tenham sido divulgados. A fibra está sendo fornecida pela Furukawa.

Além disso, será implantada mais fibra do que é realmente necessário para o projeto, com vistas a fornecer capacidade adicional, segundo Scheffer.

O contrato prevê a implantação de seis pares de fibra para a extensão total do projeto. No entanto, alguns trechos devem consumir mais dados, pois a rede não atenderá apenas instituições públicas do estado. Por isso, a Sonda irá instalar 24 pares de fibra em determinadas rotas.

Isto, disse Scheffer, ajuda a reduzir o custo de ter que adicionar capacidade com novos pares de fibra posteriormente.

“O valor base do contrato de R$ 887 milhões corresponde ao atendimento que é exigido no edital. Mas o contrato prevê as chamadas receitas acessórias. Se uma empresa se instala no estado e quer implementar uma fábrica 4.0, ela vai precisar de conectividade. Mesma coisa o agronegócio, para viabilizar 5G ou 4G no campo”, disse.

ARAUCO

Uma das empresas no radar da Sonda para usar o backbone de fibra é a chilena Arauco.

Em junho do ano passado, a gigante do papel e celulose assinou um acordo com o governo do Mato Grosso do Sul que formalizou o investimento de US$ 3 bilhões para a construção de uma fábrica no estado.

Localizada no município de Inocência, a planta de Sucuriú tem capacidade de produção de 2,5 milhões de toneladas por ano de celulose de eucalipto.

Está programada para começar a operar no primeiro trimestre de 2028, mas se as condições permitirem, a fase de construção pode começar em 2025, segundo a empresa.

A Arauco, que já é cliente da Sonda no Chile, pretende transformar a planta do Mato Grosso do Sul em uma fábrica 4.0, com sensores, robôs e conectividade dedicada para redução de custos e melhoria da eficiência. Ter uma rede de fibra para explorar é a chave para essa ambição.

Tanto Sonda quanto Arauco já iniciaram conversas a esse respeito, explicou Scheffer.

DATACENTERS

Como parte da PPP do Mato Grosso do Sul, a Sonda também implantará um datacenter de conectividade no estado.

O prazo de entrega do site é dezembro deste ano, mas Scheffer acredita ser possível entregá-lo antes disso.

A construção ainda não começou, mas o datacenter não será grande porque não é voltado para colocation ou hosting. Foi projetado para ter 40 racks, com potência total instalada de 224 kW.

Com relação aos planos da Sonda de buscar investidores para seus próprios datacenters, inclusive no Brasil, o CEO do Brasil disse que o processo está “evoluindo bem”. A iniciativa está sendo realizada pela sede da empresa no Chile.

“O objetivo da Sonda com essa mudança é fortalecer sua presença no mercado de datacenters. É um segmento muito importante e estratégico para o grupo. Como integradores, ter datacenters agrega muito valor ao nosso negócio”, afirmou.

INVESTIMENTOS

Ao todo, a Sonda planeja investir US$ 340 milhões até 2024, boa parte dos quais no Brasil, país que hoje responde pela maior parte dos investimentos do grupo. Isso não será necessariamente para aquisições, segundo o executivo, já que o foco será em projetos como a PPP do Mato Grosso do Sul.

Outros contratos que a Sonda tem no Brasil que exigem capex pesado incluem acordos com Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil para a aquisição e disponibilização de hardware para os escritórios e filiais dessas instituições. Juntos, esses dois contratos cerca de R$ 450 milhões.

Em 2022, a Sonda quebrou seu recorde de vendas no Brasil, com receita de R$ 2,4 bilhões. As receitas na área governamental da empresa cresceram 56% em relação ao ano anterior, de acordo com Scheffer. A empresa está envolvida em novas licitações do governo e novos negócios devem ser fechados nas próximas semanas.

“2023 sem dúvida será melhor para nós”, disse Scheffer.

Em 2022, a receita total do grupo Sonda cresceu 19%, para US$ 1,24 bilhão, sendo a maior já registrada.

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