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Claro Colômbia se opõe à regulamentação assimétrica

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Claro Colômbia se opõe à regulamentação assimétrica

A Claro Colômbia criticou uma proposta regulatória que poderia estabelecer medidas assimétricas para promover a concorrência no mercado.

“É absolutamente inconveniente por parte da CRC [Comissão de Regulação de Comunicações] promulgar regras que afetem os incentivos ao investimento”, disse a empresa em uma carta ao órgão de fiscalização.

A CRC analisa mudanças na regulamentação num contexto em que as operadoras terão que aumentar os investimentos a partir do leilão do espectro 5G em dezembro, ocasião em que Claro – joint venture entre Tigo e Movistar –, WOM e a brasileira Telecall obtiveram 80 MHz de espectro cada uma na banda de 3,5 GHz.

A Claro também manteve um bloqueio na faixa de 2,5 GHz para continuar fortalecendo sua rede 4G. Para ambas as porções do espectro pagará 568 bilhões de pesos (US$ 144 mi).

Segundo os últimos dados da CRC, os gastos da Claro Colômbia representaram consistentemente cerca de metade dos investimentos do setor nos últimos anos e aumentaram cerca de 5 pontos percentuais de 2021 a 2022, quando representaram 54,42% deles.

A Tigo aumentou sua participação em investimentos em 3,3 pontos percentuais ao fechar 2022 com 12,1%, enquanto a ETB a elevou para 6,7%. Movistar e WOM reduziram a sua quota em 2,1 e 5,5 pontos percentuais, fechando em 9,1% e 5,0%, respectivamente.

“Este compromisso de investimento se reflete na liderança que a Comcel [denominação legal da Claro na Colômbia] detém no mercado, posição que deve defender constantemente diante da concorrência agressiva presente no setor”, acrescentou a operadora.

A proposta regulamentar prevê medidas para todas as operadoras, mas também algumas que serão aplicáveis exclusivamente à operadora dominante. Entre elas, são estabelecidos limites para a recuperação de clientes portados e a inclusão de condições de referência para a partilha de infraestrutura passiva no âmbito da oferta básica de interligação para efeitos da sua aprovação.

O plano prevê ainda que qualquer excesso de capacidade de infraestrutura passiva deve ser disponibilizado aos fornecedores de redes e serviços sem condições.

Em sua carta, a Claro remete ao parecer da Superintendência de Indústria e Comércio (SIC), que regula o setor. Em outro documento ao qual a BNamericas teve acesso, a SIC comenta que “este mercado enfrenta uma série de desafios que comprometem significativamente a possibilidade de existir uma dinâmica competitiva substancial e suficientemente eficaz”.

Embora a SIC concorde com a necessidade de intervir na regulação, pede medidas que cumpram “critérios de razoabilidade e proporcionalidade”.

“Pedimos à CRC que aceite as recomendações da SIC e evite introduzir no mercado regulamentações que distorçam a concorrência e afetem os incentivos ao investimento, tendo em conta que o investimento é o verdadeiro promotor da concorrência no setor”, conclui a carta da Claro.

A SIC decidiu contra duas regras que afetariam a Claro. A primeira é a proposta de restrição da contatabilidade aos utilizadores transportados, a qual, segundo a entidade, “limita desproporcionalmente os direitos dos utilizadores de acesso a informações essenciais para o exercício suficiente da sua liberdade de escolha”.

Além disso, a agência considera que a proposta pode não surtir os efeitos pretendidos. “A portabilidade do número móvel é um elemento fundamental para a dinâmica da concorrência e, por isso, a sua limitação deve ser suficientemente apoiada”, indicou.

Anteriormente, a Claro havia dito que essa medida levaria à volta dos contratos permanentes.

Outro ponto que a Claro critica é a imposição de condições de referência para a partilha de infraestrutura passiva apenas à operadora dominante, embora a SIC tenha indicado que a medida “daria transparência ao mercado que promoveria a partilha efetiva e fluida de infraestrutura passiva”.

Na audiência de análise das medidas propostas pela CRC – ocorrida em novembro, durante preparação de um relatório sobre infraestruturas passivas susceptíveis de partilha e definição de condições de acesso –, Iván Mantilla, representante da Tigo, afirmou que a operadora concorda, embora “não terá resultado se as tarifas não forem definidas.”

A Claro possui 8.477 sites próprios que correspondem a 69% da infraestrutura de todas as operadoras móveis do país, mas compartilha apenas 270 deles. A Movistar é a segunda operadora, com 2.008 sites próprios, dos quais compartilha 71%. O Tigo tem 679 sites, segundo dados da SIC.

A Claro compartilhou infraestrutura passiva com Tigo e Movistar. Esta última o fez com Tigo e WOM, enquanto Tigo tem acordos de partilha com Claro e Movistar.

A WOM não regista quaisquer acordos de partilha de infraestrutura para os seus 1.121 locais.

O projeto de regulação da CRC propõe ainda ajustar o preço do roaming nacional de voz, dados e SMS quando a rede visitada for a do provedor dominante. A SIC recomendou avaliar se as tarifas radioelétricas que vigorarão nos próximos anos são consistentes com as condições de mercado face à iminente exploração das tecnologias 5G e à assinatura de compromissos de implantação de redes resultantes do leilão do espectro.

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