Copel está perto de concluir estudos para venda de termelétrica

A concessionária brasileira Copel está prestes a concluir os estudos para a venda planejada de sua participação de 82% na usina termelétrica de Araucária (UEGA), de 482 MW, segundo um executivo da empresa.

A usina está localizada no estado do Paraná, proprietário da Copel.

“A Petrobras está se desfazendo de sua participação de 18% na UEGA. Então, isso vai permitir que players que dominam a cadeia do gás adquiram até 100% do ativo”, disse o diretor de novos negócios da Copel, Cássio Santana da Silva, em uma apresentação a investidores nesta terça-feira (22).

O executivo (foto) destacou o fato de o contrato da usina terminar em 2029, com possibilidade de renovação.

Enquanto isso, a Copel prepara um leilão na Bolsa de Valores de São Paulo, B3, para vender sua participação de 51% na distribuidora de gás Compagas.

“Esperamos realizar o leilão entre 180 e 210 dias após a renovação da concessão, cujas negociações estão em estágio avançado”, destacou Silva.

Outro desinvestimento previsto é a hidrelétrica Foz do Areia, cuja concessão a Copel pretende renovar por mais 30 anos antes da venda.

A empresa contratou o Banco Santander como assessor financeiro com o objetivo de preparar um leilão para o desinvestimento.

NOVAS AQUISIÇÕES

Enquanto se desfaz de alguns de seus ativos, a Copel planeja sair em busca de novos.

Para reduzir o risco de execução, os alvos serão projetos em estágio inicial que ofereçam sinergia com os negócios da Copel: contratos de compra de energia no mercado livre e energia de autoprodução.

Até 2030, a empresa planeja adicionar pelo menos 2 GW de capacidade instalada ao seu portfólio – principalmente ativos eólicos e solares fotovoltaicos – para alcançar 9 GW e se tornar um grupo 100% de energia renovável.

Em termos de transmissão, prevê adicionar 2.000 km de linhas para chegar a 8.300 km.

“Estaremos de olho nos ativos vendidos pela Eletrobras”, afirmou o presidente da Copel, Daniel Slaviero.

A empresa também planeja expandir seus negócios de distribuição de energia para além do estado do Paraná e investir em geração distribuída (GD).

“A GD é uma estratégia defensiva. A transição dos pequenos consumidores para o mercado livre se dará por esse modelo”, explicou Slaviero.

Sobre a possível privatização da Copel, o executivo disse apenas que a decisão final cabe à diretoria da empresa e às autoridades estaduais.