Equador e Chile avançam em negociações para projeto de cobre Llurimagua, de US$ 3 bi

A mineradora estatal equatoriana Enami EP e a empresa chilena de cobre Codelco estão avançando nas negociações sobre o projeto de cobre-molibdênio Llurimagua, de US$ 3 bilhões, no Equador.

“Estamos negociando com a Codelco uma transação no litígio de arbitragem em andamento, e estamos com muito boa vontade, encorajados a chegar a um acordo para formar a empresa entre a Enami e a Codelco, e continuar explorando este projeto, um dos maiores e mais importantes do Equador.”, declarou à BNamericas Fernando Santos, ministro de Energia e Minas do Equador.

No início de janeiro, a mineradora estatal chilena suspendeu pela quarta vez o processo de arbitragem iniciado em 2021 contra o Equador no International Center for Settlement of Investment Disputes (ICSID), tribunal de arbitragem do Banco Mundial.

Santos disse que nos últimos dias uma comissão da Codelco esteve em Quito analisando os mecanismos para viabilizar o projeto.

As conversas agora giram em torno da contratação de um especialista internacional para apurar o valor dos recursos da jazida e finalizar a constituição da empresa na qual a Enami teria 51% de participação.

Isso desbloquearia o processo porque, de acordo com a avaliação, a Codelco teria que alocar o equivalente a sua participação de 49%, acrescentou Santos.

Segundo o ministro, a contratação do especialista pode ocorrer ainda neste semestre, pois há interesse mútuo em levar adiante o projeto.

Llurimagua está localizado na província de Imbabura, no norte, em 4.956 hectares. Estima-se que produzirá 210 mil toneladas de cobre durante seus 27 anos de vida.

Caso a aliança entre as duas estatais se concretize, este seria o primeiro passo para a internacionalização da Codelco e um importante mecanismo para a empresa manter a liderança como grande produtora do metal diante da queda dos teores minerais no Chile.

No entanto, há forte oposição das comunidades que vivem na área de influência do projeto.

Llurimagua está em fase avançada de exploração e, de acordo com os cronogramas do Ministério de Minas e Energia do Equador, os estudos de pré-viabilidade e viabilidade deverão ser concluídos ainda este ano.