Lula destaca economia sustentável na COP27

O Brasil precisa aproveitar as oportunidades de transição energética e investir em energia eólica, solar e biocombustíveis, disse o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva durante a cúpula do clima COP27 no Egito.

Lula, que toma posse em 1º de janeiro, afirmou que o Brasil precisa gerar empregos em cadeias produtivas menos poluentes, como a reciclagem, e investir no sequestro de carbono.

Ele destacou que o agronegócio brasileiro será um parceiro estratégico do governo no combate ao desmatamento, investindo na regeneração do solo. “Temos mais de 30 milhões de hectares de terras degradadas e o conhecimento tecnológico para torná-las agricultáveis”, lembrou.

Lula disse que pretende buscar financiamento para apoiar o desenvolvimento sustentável e conter o desmatamento, em parceria com o Congo e a Indonésia, que, junto com o Brasil, respondem por mais de 50% das florestas tropicais primárias do mundo.

Durante seu mandato, o Brasil também criará o Ministério dos Povos Originários para aumentar a representação dessas populações. O presidente eleito também propôs que mais países sejam admitidos no Conselho de Segurança da ONU.

“O mundo de hoje não é o mesmo de 1945. A luta contra o aquecimento global é indissociável da luta contra a pobreza e por um mundo menos desigual e mais justo”, ressaltou Lula.

Ele também sugeriu a criação de um fórum multilateral para permitir a implementação de decisões multilaterais no nível de estado-nação.

Lula se ofereceu para organizar a COP30 no país em 2025 e enfatizou que a agenda climática será prioridade durante a conferência do G20 em 2024, que será sediada no Brasil.

“Podem esperar um Lula muito mais exigente para que possamos ter um mundo mais justo. O Brasil está de volta”, concluiu, reafirmando seu compromisso com o Acordo de Paris.