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Novo comando do BNDES não deverá reverter reformas

Bnamericas Publicado: sexta-feira, 27 janeiro, 2023
Novo comando do BNDES não deverá reverter reformas

O conselho do BNDES confirmou as nomeações do governo para seus diretores, mas não se espera que eles levem o banco a uma nova direção.

“Ainda não temos um sinal de como o BNDES definirá sua estratégia de financiamento de infraestrutura. Acreditamos que, devido à extensa carteira de projetos em todos os setores, e ao avanço do mercado de capitais nos últimos 10 anos, [o mercado de capitais] certamente terá um papel preponderante, juntamente com os bancos privados”, disse à BNamericas Bruno Pahl, chefe de infraestrutura e financiamento de projetos da Fitch Ratings.

A diretoria também confirmou Aloizio Mercadante como presidente.

A nomeação de Mercadante inicialmente causou algumas preocupações, dado o seu passado como ex-senador do Partido dos Trabalhadores (PT) e como ministro que promove um papel mais forte do Estado na economia.

Durante o governo do PT, entre 2003 e 2016, o BNDES foi criticado por conceder empréstimos a países mais por sua proximidade com o governo e menos por critérios técnicos. Grandes empresas com conexões com o governo também teriam se beneficiado.

Tais empréstimos com juros subsidiados incorreram em custos para o Tesouro e impediram o desenvolvimento do mercado de capitais local.

No entanto, as taxas subsidiadas foram abolidas e controles internos mais fortes foram implementados, tornando improvável um retorno total às práticas anteriores, embora o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenha dito que o governo financiará projetos no exterior, como o gasoduto de Vaca Muerta, entre a Argentina e o sul do Brasil.

“O financiamento do BNDES passa por várias áreas de controle e, se não se mostra economicamente viável, não é aprovado pelos diversos departamentos do banco”, declarou à BNamericas em entrevista recente Paulo Rabello de Castro, presidente do BNDES entre junho de 2017 e abril de 2018.

Segundo Pahl, a possível carteira não representaria competição com os players de project finance, pois “não pode ser financiado como project finance e o BNDES só poderia financiar a construção, a qual não necessariamente ocuparia espaço no mercado de capitais”.

Os desafios fiscais também limitam a agência do banco.

“O BNDES tem espaço para aumentar o financiamento nos próximos anos, mas com recursos próprios. Porém, este aumento não tende a ser tão agressivo. O Tesouro Nacional não tem recursos para o banco por conta das restrições fiscais”, afirmou à BNamericas um ex-membro do conselho do BNDES, sob anonimato.

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