Planos de energia limpa do México para trem Maia são suspensos

O governo mexicano suspendeu os planos de desenvolver capacidade de geração solar no sudeste do país para alimentar o projeto do trem Maia, de 200 bilhões de pesos (US$ 10 bilhões), na península de Yucatán.

O conselho nacional de turismo Fonatur, responsável pelo projeto ferroviário de 1.500 km, anunciou na quarta-feira (12) que seu conselho administrativo votou por unanimidade para dissolver a empresa de geração que criou há mais de um ano, conhecida como Fonatur Solar.

A decisão foi tomada depois de “considerar, entre outros pontos, que a vocação da [Fonatur] não é gerar energia de qualquer tipo, já que isso é atribuição de outras instituições”, afirmou a diretoria no Twitter.

Em agosto de 2021, o então diretor da Fonatur, Rogelio Jiménez Pons, disse que os planos para construir 200 MW de capacidade de geração solar com até 12 usinas para ajudar o projeto a reduzir as emissões estavam suspensos até o segundo semestre de 2022.

Cinco meses antes, o conselho havia pedido ao Ministério das Finanças (SHCP) 238 milhões de pesos para financiar estudos sobre o desenvolvimento de uma série de projetos de energia limpa para o trem em terras que possui ou poderia garantir.

Depois de elaborar uma estratégia de investimento para os projetos, a Fonatur disse que elaboraria documentos de licitação que permitiriam avançar com a construção de 10 usinas de geração renovável em parceria com a estatal CFE e potenciais credores.

A Fonatur originalmente esperava ter esses documentos prontos até 2023, mas o futuro desses planos agora parece incerto.

O governo espera concluir a construção do projeto do trem Maia até o final do próximo ano.