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Por que a gestora de ativos KPTL está otimista no mercado de capital de risco do Brasil

Bnamericas Publicado: quarta-feira, 04 janeiro, 2023
Por que a gestora de ativos KPTL está otimista no mercado de capital de risco do Brasil

Os investidores brasileiros de capital de risco que ficaram longe de empresas “chamativas” tiveram um bom ano em 2022, especialmente aqueles que visavam startups em estágio inicial e os segmentos B2B e IoT.

Essa é a opinião de Renato Ramalho (na imagem), CEO do grupo brasileiro de gestão de recursos KPTL, que nasceu da fusão da A5 Capital Partners com a Inseed Investimentos.

“Somos hoje o maior investidor em IoT do Brasil. Temos 16 ou 17 empresas em IoT”, disse Ramalho (na foto) à BNamericas, acrescentando que 2022 foi um ano muito forte para a KPTL.

Fundado em 2003, o grupo já investiu em 110 empresas, com foco em agronegócio, biotecnologia, empresas com foco em mudanças climáticas, govtechs e players com foco em IoT, entre outros.

Do total, a KPTL saiu de 49 dos investimentos e tem mais de R$ 1 bilhão (US$ 183 milhões) em ativos, administrados por seis fundos.

“Um terço dos nossos investimentos tende a não dar certo, por diversos motivos: tecnológicos, regulatórios etc., o que é totalmente esperado. Por outro terço, entregarei algo muito próximo do que havia comprometido com os investidores [da KPTL]. E aí mais um terço vai ser mesmo o big hit, o grande sucesso”, disse Ramalho.

Já a startup Winter impactou apenas uma pequena fração do mercado, segundo o executivo. “Para não dizer minúsculo. Basicamente, grandes empresas que sempre fizeram manchetes alocaram muitos fundos. Este “inverno” ocorreu principalmente em empresas em estágio avançado e B2C.”

De sua parte, a KPTL examinou de 1.500 a 2 mil projetos para alocação de capital de risco no ano passado.

Em um ano mais agressivo, até 3 mil empresas são avaliadas, mas cerca de 1% ou menos fazem o corte e obtêm o investimento, disse Ramalho. “A gente estuda um negócio por quatro, cinco meses. Depois demoramos mais alguns para decidir o investimento.”

Para 2023, a KPTL tem como alvo cerca de 20 negócios, entre financiamentos subsequentes e investimentos em novas empresas, disse Ramalho, acrescentando que tem investimentos em vários setores próximos de serem anunciados.

As três últimas, no valor total de R$ 12,7 milhões, foram sequências das startups Ativa Soluções, Mereo e Preâmbulo Tech.

A Ativa Soluções recebeu R$ 5,7 milhões, totalizando R$ 10 milhões em investimentos da KPTL.

“A tese de investimento é consolidar a governança da empresa para o crescimento sustentável. Nosso objetivo é ser o unicórnio da IoT”, disse Edson Rennó, CEO da Ativa Soluções, em comunicado.

A Mereo, que desenvolveu uma plataforma de gestão de RH utilizada por mais de 200 empresas, captou 3 milhões de reais em novos recursos.

Com foco em escritórios de advocacia e questões jurídicas, a empresa de software Preâmbulo Tech recebeu cerca de 4 milhões de reais no último investimento, elevando o total da KPTL para 7 milhões.

“Nossos cheques variam de 5 a 10 milhões de reais, em média. A KPTL entra quando há um produto viável mínimo e um mínimo de consistência de mercado e sai quando o projeto amadurece ou quando não posso mais contribuir com a gestão da empresa”, disse Ramalho.

A KPTL informou R$ 35 milhões em financiamento subsequente no ano passado.

IoT

A KPTL não é a única investidora que aposta fortemente no segmento IoT.

Lançado em 2021, o Fundo Indicator 2 IoT da Indicator Capital afirma ser o maior fundo dedicado exclusivamente a projetos de IoT em estágio inicial na América Latina.

O fundo planeja investir em 20 a 30 projetos em cinco anos, principalmente por meio de série A e rodadas de capital semente, Fabio Iunis de Paula, cofundador e sócio, disse à BNamericas, no ano passado.

A Indicator foi criada em 2014 e lançou seu primeiro fundo em 2016, e até agora já fez investimentos em 20 empresas com quatro saídas.

O Fundo 2 nasceu após a Indicator ter sido selecionada em chamada pública pelo BNDES e pela Qualcomm Ventures para escolher os gestores de um novo fundo dedicado exclusivamente a IoT, como parte de um plano nacional de IoT promovido pelo BNDES.

A meta do fundo é fazer cerca de seis investimentos por ano.

Ramalho, da KPTL, disse que vários projetos atraentes estão surgindo com desenvolvedores que precisam de financiamento e tecnologia 5G que impulsionem a automação industrial.

O número de dispositivos conectados no Brasil pode chegar a 27,1 bilhões até 2025, segundo projeções do ISG Provider Lens e da Associação Brasileira de Internet das Coisas (Abinc). A KPMG, por sua vez, prevê 20 bilhões até 2025.

Segundo a Abinc, 81% das empresas esperam que os investimentos em IoT cresçam mais de 10% nos próximos cinco anos.

A empresa de pesquisa IDC projetou que o mercado brasileiro de IoT geraria US$ 1,6 bilhão em investimentos em 2022, um aumento de 16% em relação ao ano anterior.

Ramalho disse que o setor público representa um segmento atraente, já que diferentes níveis de governo devem aumentar os gastos com soluções de IoT nos próximos anos.

Quanto a outros segmentos, a KPTL está apostando em investimentos para 2023 em agricultura, carros elétricos, mineração e renováveis.

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