Santiago quer dobrar frota de ônibus elétricos após atingir a marca de 1 mil unidades

A frota de ônibus elétricos de Santiago atingiu a marca histórica de 1 mil unidades, e as autoridades agora pretendem dobrar esse número para 2 mil até o final deste ano.

O plano do governo também envolve começar a expandir os serviços de eletromobilidade para outras cidades além da capital, embora o ministro dos Transportes, Juan Carlos Muñoz, tenha dito que isso envolverá desafios de financiamento.

“Queremos que nossos recursos cheguem ao maior número de cidades possível, mas agora não são suficientes para cobrir tudo”, disse Muñoz, em resposta a uma pergunta da BNamericas na inauguração de um novo terminal de carregamento de ônibus elétricos no distrito de Renca, em Santiago.

Ele acrescentou que esta questão será discutida no congresso no próximo mês, quando os legisladores debaterem uma nova lei de subsídios ao transporte.

Santiago introduziu os ônibus elétricos pela primeira vez em novembro de 2017, e atualmente possui a maior frota desses veículos em qualquer cidade fora da China. A meta do Chile é que todos os ônibus de transporte público sejam elétricos até 2040.

Muñoz também disse que algumas das licitações de corredores de ônibus elétricos para as capitais regionais foram premiadas e as primeiras unidades começarão a operar em breve.

“No futuro, gostaríamos que todas as capitais regionais e provinciais tivessem transporte público de qualidade”, disse o ministro.

O Ministério dos Transportes (MTT) também anunciou um piloto para um ônibus verde a hidrogênio no sistema de transporte público vermelho de Santiago, embora Muñoz tenha dito que ainda é muito cedo para introduzir essas unidades em maior escala.

“Atualmente, os veículos a hidrogênio verde são extraordinariamente caros e pouco competitivos. No entanto, estamos dispostos a testá-los e dar-lhes uma chance para identificar as áreas em que podemos avançar”, disse ele durante a cerimônia.

Muñoz disse à BNamericas após o evento que o governo estava disposto a usar o financiamento multilateral para continuar avançando na eletromobilidade no país.

“O sistema requer grandes quantidades de recursos. Muitos deles vêm dos usuários por meio de tarifas e outros do estado por meio de subsídios, e estamos sempre buscando acesso a empréstimos multilaterais também, principalmente quando falamos de novas tecnologias”, afirmou.