São Paulo e governo federal assinam acordo para Trem Intercidades, estimado em US$ 2 bi

O estado de São Paulo assinou um acordo com o governo brasileiro para avançar com o leilão de uma PPP para construir e operar o Trem Intercidades (TIC), de 101 km e R$ 10 bilhões.

O acordo garante que a concessionária também assumirá os direitos e obrigações do trecho da linha nº 7 da CPTM.

“O objetivo do acordo, portanto, é encaminhar diretrizes para a ANTT e ao DNIT para nortear as ações necessárias à implantação do TIC Eixo Norte e das segregações entre trilhos de cargas e de passageiros, em especial por meio da prorrogação antecipada do contrato de concessão da MRS Logística S.A”, informou o governo do estado em nota.

Com o acordo, estão reunidas todas as condições para a ligação São Paulo-Campinas e o lançamento do edital de PPP.

Originalmente, o leilão do Trem Intercidades estava previsto para este ano, mas o processo eleitoral atrasou um acordo sobre direitos de uso.

Fontes ligadas ao governo federal e estadual, pedindo anonimato, disseram à BNamericas anteriormente que o atraso se deveu à campanha de reeleição do governador Rodrigo Garcia. O adversário direto de Garcia era o ex-ministro da Infraestrutura Tarcísio Gomes de Freitas, aliado do presidente Jair Bolsonaro. A publicação do edital antes das eleições de outubro teria favorecido Garcia.

Tarcísio foi eleito governador e tomará posse em janeiro. Ele é um forte defensor de investimentos privados em infraestrutura.

O governo federal se envolveu porque irá aportar recursos captados com a renovação antecipada da concessão da empresa de logística MRS para operar os 1.686 km da Malha Sudeste. A MRS pagou R$ 4,2 bilhões.

Uma segunda fase envolve uma extensão para a cidade de Americana.

Do capex total, R$ 1,8 bilhão são para material rodante, R$ 2,6 bilhões para modernização da linha nº 7 e R$ 5,8 bilhões para infraestrutura, incluindo a nova linha.