
Scala emite US$ 380 mi em títulos verdes para investimentos em datacenters

A Scala Data Centers, empresa latino-americana de hiperescala da DigitalBridge, fechou a emissão recorde de R$ 2 bilhões (US$ 378 mi) em debêntures verdes para financiar seu plano de expansão.
Os recursos serão usados especificamente para construir datacenters com tecnologias que otimizam a eficiência energética, com o objetivo de alcançar uma eficácia média anual de uso de energia (na sigla em inglês, PUE) inferior a 1,40.
Isso virá do desenvolvimento, aquisição, manutenção e operação de instalações com energia renovável, além da verificação de certificações de edifícios verdes.
“Esta emissão é a maior já feita no Brasil e a primeira do gênero no setor de datacenters no país. O PUE do Scala já é o mais baixo do mercado. A PUE média na América Latina é de 1,74. Tenho sites em São Paulo que já atingiram um PUE de 1,19”, afirmou o CEO da Scala, Marcos Peigo, à BNamericas.
A taxa de PUE é calculada dividindo a potência total da instalação (a potência que entra no local) pela potência do equipamento de TI (a potência efetivamente usada para operar as máquinas). Taxas de PUE acima de 2 geralmente significam que um datacenter não é eficiente em termos de energia.
Segundo o executivo, as debêntures verdes diferem dos títulos vinculados à sustentabilidade (SLBs) – como o anunciado esta semana pela Elea Digital –, porque este último estaria vinculado a metas futuras, enquanto as debêntures funcionariam mais como um selo para as já implementadas práticas sustentáveis.
“Eu diria que os SLBs são um primeiro passo nessa trajetória. Faria sentido para nós fazer isso dois anos atrás. Hoje, porém, já temos energia 100% renovável e certificada em nossas operações, nosso PUE é o menor do mercado, neutralizamos nossas emissões de carbono”, acrescentou Peigo.
Desde sua criação, em abril de 2020, a Scala já investiu R$ 6,2 bilhões em suas operações. Desse total, R$ 4 bilhões vieram de caixa próprio e o restante foi financiado com bancos.
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A empresa tem atualmente de capacidade contratada por clientes em seus datacenters de potencial total de 1 GW para locação, segundo Peigo. Só nos últimos quatro meses, a empresa fechou contratos equivalentes a 60 MW de capacidade.
A meta para 2023 é atingir pelo menos 155 MW de capacidade contratada, explicou o CEO.
No mês passado, a empresa assinou um contrato de longo prazo com a Enel para o fornecimento de energia de projetos regionais de datacenter existentes e futuros.
Esse acordo garantiu pelo menos 600 MW de potência total para o campus de hiperescala da Scala em Tamboré, no estado de São Paulo, além de quase 1GW para outras operações brasileiras e latino-americanas, incluindo projetos de datacenter em Fortaleza, Santiago, Lima e Bogotá.
DETALHES FINANCEIROS
As debêntures verdes da Scala foram respaldadas por uma Opinião de Segunda Parte (SPO) da Sustainalytics, uma das principais emissoras de relatórios desse tipo, com mais de 30 anos de atuação em ratings ambientais, sociais e de governança (ESG) e dados analíticos e expertise no segmento de datacenter, segundo o executivo.
O Bradesco BBI foi o coordenador líder da emissão, juntamente com Itaú BBA, UBS Banco do Brasil, Santander Brasil, Banco MUFG Brasil SA e Deutsche Bank SA Brasil.
A Scala, porém, havia emitido uma solicitação de proposta (RFP) ao mercado, detalhando seu projeto e estipulando suas condições para a emissão, que atingiu 30 instituições financeiras, além de empresas no Brasil e bancos internacionais como JP Morgan Chase, segundo Peigo.
A demanda inicialmente colocada pela Scala para a emissão ficou em torno de R$ 1,5 bilhão. Porém, após fechar um contrato para uso de novo datacenter, esse valor acabou subindo.
“O mercado de dívida não está fechado para o setor de infraestrutura digital, como alguns podem pensar”, disse o executivo.
Dessas 30 instituições, 21 enviaram propostas, algumas aceitando todas as condições, outras aceitando apenas parte. A Scala então selecionou 10 empresas para alcançar os seis bancos que participaram do financiamento.
“Queríamos priorizar as instituições nacionais. Mantivemos o Bradesco, que já era nosso financiador, e trouxemos Itaú, Banco do Brasil e Santander. O Mitsubishi (MUFG) também entrou, queríamos abrir essa porta com os japoneses. Já temos uma parceria global com eles na DigitalBridge”, explicou o CEO.
Essa também foi a primeira emissão de títulos conduzida pela Scala, com suporte da DigitalBridge.
A primeira delas, que levou à criação do Scala há mais de dois anos, foi coordenada pela DigitalBridge, então chamada Digital Colony. A segunda, em março deste ano e no valor de R$ 1 bilhão, foi conduzida pela DigitalBridge com suporte da Scala.
Parte da nova emissão será utilizada para pagar antecipadamente a de março. O R$ 1 bilhão restante será usado para expandir os datacenters da empresa na América Latina.
A empresa pretende, por exemplo, construir imediatamente quatro datacenters na Colômbia, os quais estavam planejados para serem desenvolvidos nos próximos anos.
A Scala tem cinco datacenters em operação no Brasil e outros 11 em construção em seus quatro mercados: Brasil, Colômbia, Chile e Peru.
Os valores captados darão um bom suporte para a empresa pelos próximos seis a nove meses, quando uma nova rodada deve ser negociada, disse o CEO.
A Scala já lançou uma RFP de US$ 500 milhões para fornecedores, uma das maiores já realizadas, visando compras de equipamentos de longo prazo para todos os seus projetos estabelecidos de datacenter.
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