Sonda busca hiperescaladores para seus negócios de datacenter

A empresa chilena de consultoria e serviços de TI Sonda está de olho no segmento de hiperescala para reforçar suas operações de datacenters, à medida que continua avaliando investidores para esta linha de negócios.

A “implantação de hiperescaladores, tanto públicos como privados” nas suas instalações foi destacada pela empresa como uma das suas prioridades comerciais de médio a longo prazo, embora não tenham sido fornecidos detalhes específicos.

Outras prioridades de médio e longo prazo incluem projetos de migração para nuvens públicas e privadas para diversos clientes; sistemas de segurança cibernética; comunicações abrangentes para conectar grandes zonas industriais; e gerenciamento de comunicações para as indústrias de mineração e silvicultura.

Em fevereiro, o CEO da Sonda, José Orlandini, disse à BNamericas que três empresas foram selecionadas como potenciais investidores para o seu negócio de datacenters. Ele também comentou que a decisão sobre o parceiro escolhido deverá ser tomada até o final de março. O Santander é o assessor financeiro da Sonda para o processo.

A menção aos hiperescaladores na apresentação sugere que este é o modelo perseguido pela empresa para o negócio na negociação com investidores.

Entre aqueles que estariam analisando os ativos de datacenters da Sonda estão fundos globais de infraestrutura digital, alguns dos quais provavelmente focados na prestação de serviços para grandes empresas de conteúdo, internet e nuvem pública.

A Sonda possui quatro datacenters: um site tier IV em Santiago, dois tier III – um em Santiago e outro em Minas Gerais – e outro em seus escritórios corporativos.

Cada um desses sites, que a empresa afirma estar “entre os mais confiáveis e modernos da América Latina”, possui seus respectivos centros de operações de rede (na sigla em inglês, NOC) para permitir a prestação adequada de serviços aos clientes.

Durante a apresentação do primeiro trimestre, a Sonda informou ter US$ 730 milhões em oportunidades em soluções de nuvem e datacenter em sua carteira. A empresa reportou receitas de 23,7 bilhões de pesos (US$ 25 mi) para seu negócio de serviços digitais, o que inclui serviços de plataforma, nuvem e datacenter, no trimestre – uma queda interanual de 8,2%.

As receitas totais cresceram 15,7%, para 205 bilhões de pesos, impulsionadas pelo aumento das vendas em negócios transacionais e negócios digitais. Em moeda constante, as receitas aumentaram 14,8%.

Segundo a Sonda, os destaques das vendas do trimestre incluíram “negócios adicionais” no contrato da Infovia Digital no Mato Grosso do Sul, um novo contrato de segurança com o município de Vitacura, na região metropolitana de Santiago, a expansão de um contrato de segurança no Uruguai e um novo contrato de gestão de frota para um trem-bala no México.