Summit Nanotech inicia piloto de extração de lítio na Argentina

A empresa de tecnologia canadense Summit Nanotech e a júnior australiana Power Minerals estão avançando nos estágios iniciais de seu projeto conjunto de lítio no salar de Incahuasi, na Argentina.

As empresas pretendem extrair lítio na propriedade da província de Salta para abastecer fabricantes de veículos elétricos.

A Summit concluiu com sucesso a primeira fase de testes de sua tecnologia própria de extração de lítio, chamada denaLi, com salmoura do salar, informou a Power Minerals (antiga PepinNini) em um comunicado.

“Os resultados confirmam a capacidade de produzir um concentrado de lítio com baixo teor de impurezas e com potencial adequado para processar produtos de lítio próprios para baterias”, acrescenta o documento.

Amanda Hall, CEO da Summit Nanotech, disse à BNamericas que a próxima fase consistirá em “testes piloto com as salmouras de Incahuasi em nossas instalações de Santiago durante o quarto trimestre de 2023. Os dados coletados serão usados para apoiar um estudo de pré-viabilidade e reduzir o risco da demonstração planejada para o local no futuro”.

A referida etapa será realizada em 2025 com uma capacidade de 100 t/ano, e terá como objetivo “eliminar os riscos de mudança para uma instalação comercial que visa maior produção. Também apoiará o estudo de viabilidade definitivo que realizaremos com a Power Minerals”, acrescentou a executiva da empresa.

Hall garantiu que a tecnologia vai recuperar 95% da água, que será reaproveitada no processo produtivo. “A maior parte da água será reciclada. O consumo de água em escala comercial, portanto, será menor que 25 m³ por tonelada de carbonato de lítio equivalente. Isso pode ser alcançado com a dessalinização”, explicou.

O projeto levou em consideração estudos anteriores da Power Minerals, que “permitiram visualizar o potencial do Salar de Incahuasi”, apontou Hall.

“A coleta de dados e a transparência das informações são alguns dos motivos pelos quais escolhemos a Power Minerals como parceira. A Summit utilizou estes dados para estimar avaliações técnico-econômicas e econômicas pro forma”, acrescentou.

O acordo considera um investimento inicial de US$ 3 milhões por parte da Summit, com os quais terá o direito de obter uma participação de até 30% no projeto, sujeito aos resultados do piloto denaLi, aos requisitos regulatórios e às decisões que forem adotadas com base nos resultados do estudo de viabilidade.