
Como a chinesa SPIC planeja se tornar um dos 3 principais players de geração privada no Brasil

A subsidiária da chinesa State Power Investment Corporation no Brasil pretende se tornar um dos três principais players privados de geração de energia no país até 2025.
Até aquele ano, a empresa terá mais de 5 GW de capacidade instalada, incluindo usinas térmicas a gás e parques eólicos.
Com foco no mercado livre de energia, a SPIC Brasil também está desenvolvendo um projeto de hidrogênio verde e não descarta investimentos futuros em empreendimentos solares e eólicos offshore, disse à BNamericas o CFO Paulo Dutra nesta entrevista por e-mail.
BNamericas: Quais são os principais projetos da SPIC em desenvolvimento no Brasil no setor de energia elétrica?
Dutra: A SPIC Brasil iniciou as tratativas para a instalação de duas novas centrais de geração eólica no município de Touros, no Rio Grande do Norte, que são projetos greenfield e terão aproximadamente 105 MW de capacidade instalada.
Também estamos trabalhando em dois parques solares nos municípios de Brasileira, no Piauí, e Jaguaretama, no Ceará, em parceria com a Canadian Solar, em um projeto com capacidade de geração de 738 MW.
A companhia ainda é sócia do consórcio Gás Natural Açu (GNA), no Rio de Janeiro, junto com a Prumo Logística, Siemens A.G., e BP, que está trabalhando na construção da termelétrica GNA II, planta a gás natural que terá 1.672 MW de capacidade instalada.
BNamericas: Qual é a capacidade total instalada da empresa? O quanto ela deve crescer nos próximos anos?
Dutra: A SPIC possui atualmente 3,1 GW de capacidade instalada de ativos em operação e mais de 2 GW em construção, totalizando mais de 5 GW de capacidade nos próximos anos, quando os projetos atuais estiverem em operação.
BNamericas: Há novos investimentos previstos pela empresa no país? Qual será o foco?
Dutra: Pretendemos estar entre os três principais players privados de geração de energia no Brasil até 2025. Uma das principais vias de crescimento da SPIC é em energia renovável. Projetos eólicos e solares estão alinhados com a nossa estratégia de geração segura de energia, que cria valor para as comunidades e para o planeta.
Nosso desafio é continuar crescendo com sustentabilidade e com foco nas nossas plataformas de M&A. Nos preocupamos com a valorização da diversidade, com base na segurança, tema que envolve o cuidado com os colaboradores, a comunidade e a própria segurança energética da matriz brasileira.
BNamericas: Como a liberalização dos setores de gás e energia pode contribuir para os negócios da empresa aqui? Quais são as perspectivas?
Dutra: O mercado livre tem desempenhado um papel importante para o crescimento da matriz energética brasileira. E projetos como Panati e Marangatu, que são as usinas solares do Piauí e do Ceará, são um exemplo disso, já que estão com a maior parte de sua energia contratada no mercado livre, cerca de 75%.
Com o apoio da nossa comercializadora, será possível avaliar as alternativas existentes no mercado para tomar as melhores decisões para os stakeholders dos projetos.
Em novembro de 2021, foi criada a SPIC Brasil Comercializadora para administrar o portfólio de ativos de geração da SPIC, a fim de nos posicionar estrategicamente no mercado livre de energia e oferecer produtos que agreguem valor aos nossos clientes e parceiros de negócios.
BNamericas: Empreendimentos de energia solar, eólica offshore, hidrogênio azul e/ou verde estão nos planos da SPIC?
Dutra: O Brasil possui excelentes áreas para o desenvolvimento de projetos eólicos e solares nas regiões nordeste e norte de Minas Gerais, onde estão os maiores níveis de radiação solar do país. Tem uma das energias renováveis mais competitivas do mundo, e a energia solar está em pleno crescimento por aqui. Sua utilização em projetos de inovação é uma possibilidade para um futuro próximo, como no hidrogênio verde, combustível renovável estratégico para o processo de descarbonização e para a transição energética.
Desde 2018, investimos mais de R$ 10 milhões (US$ 2 milhões) em projetos de pesquisa e desenvolvimento com foco em eficiência energética, sustentabilidade, comercialização e regulamentação energética.
Temos estudos voltados para o desenvolvimento de uma usina de produção de hidrogênio verde a partir de energia solar fotovoltaica, a ser instalada nas dependências da hidrelétrica São Simão [na divisa de Minas Gerais e Goiás]. A iniciativa está sendo desenvolvida em parceria com o Centro de Pesquisa de Energia Elétrica (Cepel), da Eletrobras, e o State Power Institute (Isest), da SPIC Global. A cooperação foi firmada via memorando de entendimento assinado em 2020, com o objetivo de fomentar o estudo e a pesquisa em energia inteligente ou smart energy entre Brasil e China.
Sobre as eólicas offshore, podemos dizer que há discussões, mas faltam detalhes de governança entre as agências. Essa é uma indústria que já está muito desenvolvida no mundo, e a própria SPIC é uma das maiores implementadoras de offshore do planeta. Uma vez que haja competitividade local em relação às outras fontes, essa será uma nova fonte de interesse. O Brasil tem um litoral com ventos muito bons, e as offshores podem ser a próxima opção dentro dos leilões competitivos.
BNamericas: A mudança de governo federal pode afetar os negócios da companhia no Brasil? Quais são as perspectivas?
Dutra: O Brasil é destino de investimentos dos maiores grupos do mundo, e isso se deve à estabilidade do setor de energia e às regras claras que funcionam bem. Esse é sempre o desafio de qualquer gestão: atrair investidores.
Da nossa parte, queremos transformar a SPIC Brasil em um dos maiores players nacionais e ficar entre os três maiores players privados nos próximos anos. Estamos trabalhando para isso.
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