De olho em 5 projetos colombianos de ouro

A Colômbia possui recursos significativos de ouro, um de seus principais produtos de exportação.

De acordo com os dados mais recentes da Agência Nacional de Mineração (ANM), a produção de ouro da Colômbia atingiu 55,5 toneladas (1,78 milhão de onças) em 2021. Em termos de valor, o metal amarelo representa cerca de 7,6% do total de exportações e 32,2% dos envios de mineração no sul país sul-americano.

Entre as minas produtoras mais importantes da Colômbia estão Segovia, no nordeste de Medellín, capital do departamento de Antioquia, e em mãos da Aris Mining; e Buriticá, no noroeste da mesma cidade e de propriedade da Zijin-Continental Gold.

Existem também vários grandes projetos de ouro em desenvolvimento, como Gramalote, a nordeste de Medellín; Marmato, no departamento de Caldas; e Soto Norte, perto de Bucaramanga, no estado de Santander, além de uma série de iniciativas menores analisadas pela BNamericas.

ANZÁ

O projeto está localizado na Cordilheira Ocidental, no cinturão do Médio Cauca, cerca de 50 km a oeste de Medellín e 50 km ao sul do depósito de ouro de alto teor de Buriticá.

Anzá, que está em fase de pré-viabilidade, inclui os alvos APTA, Charrascala e Guaimarala.

É um projeto a céu aberto e subterrâneo que está sendo desenvolvido pela Orosur Mining e sujeito a um contrato de exploração com opção de compra com a Minera Monte Águila (MMA), empresa formada por Newmont e Agnico Eagle Mines.

No dia 17 de janeiro, a Orosur anunciou que está avançando com MMA nas negociações para um acordo de formação de uma joint venture encarregada de desenvolver a iniciativa. O processo de criação da joint venture já começou e levaria vários meses para ser concluído.

Anzá é considerado um projeto de interesse regional estratégico. O investimento feito até agora nesta jazida hidrotermal é de cerca de US$ 24 milhões.

QUINCHIA

Localizado no centro-oeste da Colômbia, 100 km ao sul de Medellín, no departamento de Risaralda, Quinchia é um distrito conhecido por seus sistemas epitermais de ouro e prata de alta qualidade.

A concessão, a cargo da Los Cerros, abrange 10.542 hectares e inclui alvos como Miraflores, Ceibal, Chuscal, Dosquebradas e Tesorito. Este é um projeto de expansão brownfield subterrâneo com produção anual estimada de 48 mil onças.

O investimento chegaria a US$ 72 milhões, dos quais a empresa já aportou cerca de US$ 12 milhões.

Em outubro, Los Cerros contratou a Ausenco para estudar cenários alternativos de desenvolvimento.

A empresa concluiu a perfuração final de um programa de perfuração de diamante de 80 furos cobrindo 37 mil m em Quinchia.

LA MINA

Depósito de pórfiro de ouro e cobre de propriedade da empresa canadense GoldMining e localizado a 45 km a sudoeste de Medellín. Abrange 3,2 mil hectares e compreende sete prospectos, como La Cantera, Zona Media e La Garrucha.

Os resultados do último furo em um programa de perfuração em La Garrucha incluem 118 metros de ouro equivalente a 1,01 g/t.

YARUMALITO

O projeto, localizado em Antioquia, está nas mãos da GoldMining. Dois estilos primários de mineralização foram identificados no local dentro da propriedade: pórfiro ouro-cobre e ouro epitérmico.

Nas proximidades estão Nuevo Chaquiro, um projeto avançado de cobre e ouro nas mãos da Anglogold Ashanti, e Marmato, de propriedade da Caldas Gold.

TITIRIBÍ

Abrange 3.919 hectares no município de mesmo nome e está localizado a 6 km a leste do rio Cauca, em Antioquia.

Apresenta mineralização de ouro e cobre com vários centros de pórfiro com mineralização epitérmica associada.

A GoldMining inicialmente propôs um programa de perfuração para ser concluído em 2022, mas a data foi adiada para este ano no mínimo devido a restrições relacionadas à pandemia de Covid-19 e a um novo foco da empresa em projetos de maior prioridade, de acordo com um comunicado.