Ascenty conclui 2º datacenter no Chile

O grupo brasileiro de datacenters Ascenty, de propriedade da Digital Realty e Brookfield Infrastructure Partners, concluiu a construção de seu segundo datacenter no Chile, o qual deve entrar em operação em breve, afirmou o COO Marcos Siqueira à BNamericas.

Inicialmente prevista para 2021, a construção de Santiago 2 enfrentou atrasos relacionados à pandemia, pois o número de trabalhadores no local teve que ser reduzido por questões de saúde, acrescentou o executivo.

Outro impacto da pandemia veio da logística e da falta ou atraso de materiais e componentes por parte dos fornecedores.

Santiago 2 está localizado no distrito de Quilicura, cobrindo uma área de 21 mil m², com 31 MW de capacidade total projetada. Também tem capacidade para armazenar 3.550 racks.

A unidade conta com uma subestação Tri-bus redundante própria, com três linhas de energia que abastecem cada módulo, e um sistema de geração a diesel com autonomia de 48 horas sem reabastecimento.

Lançado em 2020, o primeiro site chileno da Ascenty – Santiago 1 – tem 6 mil m² de área total, 11 MW de potência total e espaço para 1.100 racks.

Os datacenters também serão interligados através de 35 km de rede própria de fibra ótica, explicou Siqueira.

Ao todo, o campus de dois datacenters da Ascenty no Chile terá uma capacidade total de energia de 42 MW e uma área total de 27 mil m².

MÉXICO

O grupo ativou este mês seus dois primeiros datacenters no México, com investimentos combinados em ambas as instalações no valor de R$ 1 bilhão (US$ 185 milhões).

Juntos, os datacenters possuem potência total de 52 MW, 44 mil m² de área total e capacidade para 6.100 racks. Ambos estão ligados por uma rede de fibra recém-construída de 150 km, conectada aos principais pontos de troca de rede de internet em Querétaro.

Segundo Siqueira, os sites entraram em operação com contratos de locação firmados com oito clientes, incluindo um provedor global de nuvem, além de empresas de tecnologia, com potencial fechamento de contrato com operadoras de telecomunicações.

A empresa também tem outro terreno adquirido para a potencial construção de um terceiro datacenter no México, disse o executivo.

“O que nos levou a abrir e construir novos datacenters em vários países das Américas está intimamente associado a uma grande demanda de grandes provedores de nuvem e tecnologia em geral”, afirmou Siqueira, que não revelou os nomes dos clientes.

A Ascenty tem agora 21 sites em operação e mais sete em construção no Brasil, Chile e México. A segunda instalação do Chile ainda conta como “em construção”. A empresa também tem planos avançados para a Colômbia, que deverá ser seu próximo mercado latino-americano, e para o Peru.

Segundo Siqueira, vários outros projetos de datacenter são esperados para 2023 na América Latina.

Cerca de 92% da capacidade real dos datacenters existentes da Ascenty já estão vendidos, disse ele, o que significa 120 MW de capacidade de TI em uso.

INVESTIMENTOS

A Ascenty deve encerrar 2022 com investimentos entre R$ 1,3 e 1,4 bilhão na construção e expansão de datacenters na América Latina, 80% dos quais destinados ao Brasil, segundo o executivo.

Em 2021, Siqueira disse que os investimentos totais foram de R$ 1,5 bilhão. Em 2020, a empresa investiu R$ 1 bilhão, em termos de câmbio atualizados.

Em 2023, a Ascenty tem como meta R$ 1,5 bilhão em investimentos, entre projetos existentes e novos.

A diferença de valores de 2021, 2022 e 2023 não está relacionada a cortes de investimentos, segundo Siqueira, mas sim aos grandes ciclos de entrega que os projetos têm em função das consequências da pandemia.

Fonte da ilustração: Ascenty