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Com protestos prolongados, desabam as expectativas de negócios no Peru

Bnamericas Publicado: segunda-feira, 06 fevereiro, 2023
Com protestos prolongados, desabam as expectativas de negócios no Peru

O empresariado peruano já não vê com bons olhos a mudança provocada pela nomeação de Dina Boluarte como presidente após a destituição do ex-presidente Pedro Castillo.

As expectativas de negócios mostraram um forte declínio e os analistas econômicos esperam que o crescimento do PIB peruano seja de 2,1% este ano. Há um mês a projeção era de 2,5%. Enquanto isso, as projeções de inflação foram aumentadas de 4,3% para 4,6%, segundo o Banco Central local.

De acordo com o Ministério da Economia e Finanças, os prejuízos acumulados com os protestos e bloqueios pela destituição de Castillo somaram 2,43 bilhões de soles (US$ 635 mi) até 26 de janeiro.

Por outro lado, a última pesquisa do Banco Central com 300 representantes de empresas, instituições financeiras e analistas econômicos antecipa uma expectativa econômica de 32 pontos nos próximos três meses, quase 10 pontos a menos do que há um mês. Um número maior que 50 pontos significa que a confiança está na faixa otimista e menor que 50 pontos, na faixa pessimista.

O valor é o mais baixo desde junho de 2020, em meio à pandemia de Covid-19 e de uma crise econômica, a qual fez o PIB cair 11,1% naquele ano. Foi ainda menor do que os 33,6 pontos registrados durante o primeiro mês de governo do ex-presidente Castillo, em agosto de 2021, momento em que se acreditava que o Peru daria uma guinada acentuada à esquerda.

A expectativa para os próximos 12 meses segue comportamento semelhante: 47 pontos, abaixo dos 54 pontos da edição anterior.

PERSISTÊNCIA

Os reajustes negativos serão uma constante caso governo, parlamentares e representantes dos manifestantes não cheguem a um acordo. Embora o Congresso tenha debatido novamente a possibilidade de antecipar as eleições para este ano, a proposta foi rejeitada, o que aumentou o descontentamento dos cidadãos. Antecipar as eleições deste ano é, para já, uma das poucas saídas para a crise face ao elevado nível de conflito.

São várias as instituições internacionais que começam a reduzir as projeções da economia peruana para este ano. A Moody's rebaixou a perspectiva de longo prazo do Peru de estável para negativa. Seu vice-presidente do grupo de risco soberano, Jaime Reusche, destacou à mídia local SEMANAeconómica sua que última previsão de crescimento do PIB de 2,3% para 2023 tem riscos significativos de queda, bem como que o rating do país pode ser rebaixado caso haja danos permanentes às instituições.

O que é certo é que o conflito peruano começa a ser notado internacionalmente e terá sérias consequências para o desenvolvimento dos negócios nacionais.

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