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Equador pode aumentar produção de petróleo se superar obstáculos políticos

Bnamericas Publicado: sexta-feira, 27 janeiro, 2023
Equador pode aumentar produção de petróleo se superar obstáculos políticos

Os setores de petróleo e mineração devem ser os motores do crescimento econômico de 3% que o Equador terá em 2023, segundo as últimas projeções do Banco Central local.

A entidade adianta que a produção de petróleo bruto este ano deverá atingir uma média de 521 mil b/d (barris por dia), valor 8% superior ao de 2022, embora inferior aos 531 mil b/d de 2019.

A baixa produção em 2022 foi influenciada por uma série de fatores, entre eles problemas que afetaram os dois minerodutos do país e conflitos com comunidades indígenas que obrigaram ao fechamento de vários campos.

Apesar de o país ter condições de expandir a produção de petróleo, a previsão da entidade monetária é excessivamente otimista, segundo análise da consultoria local Grupo Spurrier.

“É uma visão bastante otimista diante de uma produção deprimida. A partir de 2024, teremos que lutar muito para que não caia ainda mais”, afirmou o presidente da consultoria, Walter Spurrier, durante webinar sobre os cenários político e econômico de 2023 e 2024.

Para aumentar a produção de petróleo bruto é necessário, entre outros fatores, desenvolver novas reservas no bloco 43 (ITT), o que é complexo devido à oposição das comunidades indígenas. Também é necessário contratar um operador privado para o campo de Sacha para continuar a exploração e aumentar as reservas, além de evitar a tomada de campos de petróleo e a sabotagem das instalações, como aconteceu no ano passado com os protestos liderados pela Confederação de Nacionalidades Indígenas de Equador (CONAIE), adverte Spurrier.

Segundo o analista, ainda há apetite no mundo para investir em petróleo e interesse de grandes empresas em buscar petróleo bruto em áreas prospectivas. O Equador oferece condições para atrair esse investimento. Porém, o problema é que não há uma elite política que apoie o desenvolvimento da indústria petrolífera e os planos oficiais.

Problemas de insegurança e conflitos com comunidades indígenas estão por toda parte, acredita Spurrier.

Ele acrescentou que na Colômbia as pequenas e médias empresas que operam no Putumayo, a mesma bacia de hidrocarbonetos onde estão localizados os campos mais importantes do Equador, vão buscar a diversificação e a lógica é que venham para o Equador, onde há infraestrutura para escoar o petróleo bruto.

Se essas empresas chegarem aos pequenos campos do Equador, a produção pode aumentar, segundo Spurrier, acrescentando que no caso de Yasuní (bloco 43), grandes empresas poderão se interessar.

No entanto, o governo de Guillermo Lasso terá que enfrentar crises políticas e não poderá se concentrar em objetivos de longo prazo, concluiu o especialista.

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