Adventus e Salazar adiam início dos trabalhos em mina equatoriana

As canadenses Adventus Mining e Salazar Resources adiaram a data prevista para a construção do projeto equatoriano de ouro e prata Curipamba, avaliado em US$ 250 milhões.

Em comunicado, a Adventus informou que as obras na mina estão previstas para o segundo trimestre de 2024.

Em junho, Freddy Salazar, gerente de desenvolvimento corporativo da Salazar Resources, disse em entrevista à BNamericas que a construção deveria começar em outubro deste ano.

No entanto, a decisão da Corte Constitucional do Equador de suspender um decreto executivo que estabelecia consultas ambientais para mineração e outros projetos interrompeu Curipamba juntamente com La Plata, um projeto polimetálico de US$ 176 milhões, porque a consulta ambiental é um requisito para obter uma licença de construção.

O referido decreto foi objeto de quatro recursos judiciais que buscam declará-lo inconstitucional, no que é considerado por outros juristas locais como um abuso de direito.

Até o momento, a corte não tomou qualquer decisão e mantém o decreto suspenso. As duas empresas acreditam que uma resolução poderá chegar ainda este mês.

Entretanto, os operadores registaram progressos em outros tipos de procedimentos.

A Adventus informou em comunicado que recebeu certificado do Ministério do Meio Ambiente afirmando que o projeto não afeta a água da região.

“Este importante certificado e marco permite aos participantes construir a infraestrutura planejada e desenhada do projeto em uma área com presença de fontes de água superficiais e subterrâneas”, indicou a empresa, acrescentando que as empresas continuam a avançar com o processamento dos alvarás e licenças necessários ao início da construção.

O projeto já conta com autorização da prefeitura local e aprovação do projeto do corpo de bombeiros municipal para instalação da infraestrutura de armazenamento de explosivos, requisitos para autorização definitiva das Forças Armadas do Equador.

Além disso, a primeira etapa para obtenção da licença de construção da barragem de rejeitos foi concluída com a revisão do projeto e o laudo técnico favorável do Ministério de Energia e Minas.

“O projeto está agora sob revisão pela Agência Governamental de Regulação e Controle. Um laudo técnico favorável da agência […] é o segundo e último passo para a emissão do alvará de construção da barragem de rejeitos”, afirmou o comunicado da mineradora.

A empresa acrescentou que o pedido de licença de utilização de água para a construção da mina já foi apresentado e está em análise pelo Ministério do Meio Ambiente.